Variante do coronavírus faz times ingleses virarem problema logístico para a UEFA

Por Lucas Paes
Foto: Getty Images

O Liverpool teve de mandar seu jogo contra o Liverpool na Hungria

Mais de um ano depois do primeiro caso, em Yuhan, na China, o coronavírus segue sendo um pesadelo no mundo inteiro, deixando um rastro de sangue inimaginável nos tempos atuais. Varrendo a Europa, o vírus, como naturalmente ocorre, passa por modificações ao longo do tempo que continua correndo e um dos temores é que essas mudanças anulem as vacinas. Tal medo tem tornado os jogos de times ingleses na Liga dos Campeões e na Liga Europa um desafio logístico enorme para a UEFA.

A Inglaterra, mais especificamente o Reino Unido, são sabidamente um dos países que pior manejou a pandemia. Não a toa, uma das variantes perigosas do vírus surgiu em seu território e fez o país, que começava a sair do lockdown, com presença até de torcida nos estádios em jogos de futebol, simplesmente parar novamente. Atualmente, poucos países no mundo, e, é claro, na União Europeia, não estão com restrições de voos vindos das terras britânicas.

Como era de se imaginar, a Alemanha, um dos países que melhor conseguiu manejar a situação da pandemia, na medida do possível, é um dos locais que impedem de maneira mais restrita a entrada de britânicos. A partir do momento que o Liverpool pegou o RB Leipzig na Liga dos Campeões, isso se tornou um problema para a UEFA, que se viu novamente com um enorme imbróglio logístico. Tamanha situação fez com que a partida entre as duas equipes acabasse marcada para a Hungria e o jogo da volta deverá ser também fora de Liverpool.

As legislações alemãs inclusive podem causar problemas caso se insista na volta do confronto em Liverpool. A Alemanha exige uma quarentena de 10 dias para qualquer um que venha do Reino Unido e se isso fosse exigido do RB Leipzig, seriam diversas partidas onde a equipe jogaria desfacelada. O bom senso provavelmente fará com que o jogo da volta ocorra fora de Anfield, à menos que a situação mude até o dia 10 de março.

A situação já provocou mudanças em partidas das oitavas da Liga dos Campeões e do mata-mata da Liga Europa. Não foi só o Leipzig que terá seu jogo na Puskas Arena, em Budapeste. O Borussia Monchengladbach fará o primeiro jogo contra o Manchester City em terras húngaras. Nesta quinta-feira, dia 18, Benfica e Arsenal duelaram no Olímpico de Roma pela Liga Europa.


É claro que há casos onde as partidas são mantidas em seus locais originais. Isso ocorre, por exemplo, com o duelo entre Atlético de Madrid e Chelsea, com a Espanha abrindo uma exceção aos jogadores dos Blues. Na Liga Europa, Real Sociedad e Manchester United (Anoeta), Wolfsberger e Tottenham (Worheerse Stadium) e Slavia Praga x Everton (Eden Arena) ocorreram nos locais originalmente marcados. Isso se deve, é claro, à diferença de posturas adotadas com cada país com relação ao Reino Unido.

Enquanto se afunilam as brigas pelas vagas nas fases finais dos campeonatos europeus, fica a questão sobre quais outros desafios logísticos a UEFA enfrentará devido ao vírus nessa Liga dos Campeões e nessa Liga Europa. Resta aguardar e torcer para que o pesadelo causado pela pandemia seja ao menos reduzido. Obviamente, não só pelo futebol, mas também, e muito, para que ele volte á ser o que sempre foi.

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