Há 10 anos, Ronaldo Fenômeno se aposentava do futebol

Por Lucas Paes
Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com

Ronaldo ao lado dos filhos no anuncio da aposentadoria

Há exatos 10 anos, no dia 14 de fevereiro de 2011, era anunciada oficialmente o fim da trajetória de uma das maiores lendas da história do futebol: o atacante Ronaldo Fenômeno anunciou em coletiva naquele dia que estaria encerrando sua carreira como jogador. O na época atleta do Corinthians estava com 34 anos e vinha atuando desde 2009 com a camisa do Alvinegro do Parque São Jorge, por onde atuou 69 vezes e fez 35 gols.

A aposentadoria de Ronaldo foi um dos reflexos do caótico período pós eliminação dos corintianos para o Tolima na primeira fase da Libertadores, vulgarmente chamada no Brasil de pré-Libertadores. O Timão perdeu para os colombianos jogando fora de casa por 2 a 0, após um empate por 0 a 0 no Pacaembu, no dia 2 de fevereiro daquele distante ano de 2011. A decisão, porém, segundo Ronaldo, foi tomada devido a "lesões que faziam com que vivesse continuamente com dor", como contou em entrevista coletiva.

O impacto foi imediato e mundial, mas para o Corinthians, clube onde jogava, representou dentro de campo o fim de uma parceria que o sucesso se refletiu muito fora dos gramados. Ronaldo, além de ótimos momentos vividos com a camisa do Timão, principalmente em 2009, foi responsável diretamente por um crescimento em imagem e marketing que o clube aproveita até hoje. Na época presidente do clube, cargo que aliás ocupa novamente hoje, Andrés Sanchez lamentou por um fim prematuro daquela relação.

A carreira de Ronaldo Fenômeno é inquestionável. O único "se não" possível é sobre o quão maior teria sido sua trajetória sem as lesões. Dono de uma explosão absurda, um talento quase incomparável e uma persistência também muito grande, ele marcou época praticamente em todos os times que passou. Seja na ascensão meteórica no Cruzeiro, na ótima passagem pelo PSV, no absurdo futebol apresentado no Barça, nos ótimos, porém poucos jogos pela Inter, onde viveu os pesadelos das lesões, nos ótimos momentos vividos no Real Madrid e no respiro final por Milan e Corinthians. Uma lenda feita em vários capítulos.


Pela Seleção Brasileira, a carreira de Ronaldo dispensa comentários. Seu excelente desempenho na Copa do Mundo de 1998 acabou apagado pela trágica final contra a França. Quatro anos depois, quando todo o mundo simplesmente duvidava que fosse possível, colocou a Copa do Mundo de 2002 nas costas, decidindo a final contra a Alemanha com dois gols. Eternizou seu nome, não precisava fazer mais nada. Nem seu desempenho mediano em 2006 poderia apagar o absurdo que foi 2002. Ali, um simples jogador brasileiro virou o ídolo de uma nação, inclusive deste que vos escreve, um fã incondicional do Fenômeno.

O Corinthians, já sem Ronaldo, se reconstruiu após a trágica eliminação para o Tolima. Manteve Tite no comando, foi vice-campeão do Paulistão, ganhou o Brasileiro e um ano depois usou do aprendizado de 2011 para ganhar sua primeira e até hoje única Libertadores. Já Ronaldo, hoje atua como empresário, tendo negócios em diversos ramos.

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