Após anunciar desistência, Salgueiro recua e vai participar das copas do Nordeste e do Brasil

Com informações do GE.com
Foto: Rômulo Alcoforado / GE

O presidente José Guilherme da Luz

Depois de protocolar um pedido na Federação Pernambucana de Futebol para não participar da Copa do Nordeste e Copa do Brasil deste ano, o Salgueiro mudou de ideia e vai disputar as duas competições mais rentáveis do primeiro semestre. A mudança de rumo foi confirmada nesta quinta-feira.

A informação foi confirmada pelo presidente da FPF, Evandro Carvalho. "O Salgueiro comunicou a Liga do Nordeste que vai disputar a competição. Decidiram voltar atrás e a CBF homologou", falou o mandatário da entidade que rege o futebol pernambucano.

O Salgueiro agendou uma coletiva de imprensa para às 10h desta quinta-feira, mas mais de uma hora e meia depois a entrevista ainda não havia começado. Nas dependências clube, o presidente José Guilherme da Luz adiantou que aguardaria o sorteio da Copa do Nordeste, que acontece nesta quinta-feira. "Vamos aguardar o sorteio, a oficialização, para falarmos. Mas o que posso adiantar é que o defunto voltou da porta do cemitério."

Nos bastidores, um dos fatores determinantes foi a ameaça dos jogadores do Salgueiro de abandonar o clube. Em reunião realizada com a diretoria, o grupo cobrou responsabilidade e evidenciou o descontentamento com a decisão.

Em ofício encaminhado ao presidente da FPF nesta quinta, o Salgueiro afirmou que “estava sofrendo pressão de toda torcida quanto a atitude desesperada de não participar da Copa do Nordeste e Copa do Brasil”, afirma o documento.

Documento do Salgueiro reconsiderando sua primeira decisão

Contradição na explicação sobre a negociação - Durante a coletiva, que começou após o sorteio da Copa do Nordeste, o presidente do Salgueiro explicou os motivos que o fizeram recuar da decisão de não participar das competições.

"O que aconteceu? Mandei a carta para a Federação dizendo que não ia participar. Quem ia ter direito era o Náutico. Quando chegou na Federação, a CBF não aceitou. Quando estava conversando com os atletas, comissão técnica e os funcionários, o telefone tocou e era o pessoal da CBF e Liga do Nordeste dizendo que a vaga estava retornando para o Salgueiro. O Náutico não teria direito a vaga. Se o Salgueiro não fosse participar, a vaga não iria para um clube de Pernambuco", afirmou.

Na ocasião, Zé Guilherme chegou a afirmar que a Liga do Nordeste e o Náutico teriam contribuído financeiramente com o clube. No entanto, pouco tempo depois, o presidente do Salgueiro retificou a informação e disse que, na realidade, adiantou a cota de participação com a Liga e, caso o Timbu participasse da competição, não teria direito a cota.

"Foi antecipada a cota do Salgueiro, e o Salgueiro desistindo, o Náutico iria participar, mas não receberia a cota. O Salgueiro já tinha recebido. Não houve dinheiro do Náutico. Não houve isso de 'o Náutico comprou o Salgueiro, comprou a vaga'. Por exemplo, as cotas da Copa do Brasil já tinha recebido. Eu ia ter que montar o time, participar do campeonato, para receber o restante. Então o Náutico iria receber o restante e a cota que o Salgueiro tinha recebido, o Náutico não ia receber", alegou.


O Náutico se pronunciou através de uma nota oficial:
"O Clube Náutico Capibaribe vem a público esclarecer os fatos e notícias envolvendo o nome desta instituição centenária nestes últimos dias.

Cientes do ofício encaminhado pelo Salgueiro Atlético Clube à Federação Pernambucana de Futebol (FPF), onde a equipe sertaneja abdicava das suas vagas na Copa do Nordeste e na Copa do Brasil e, por consequência, o Náutico ficaria com as duas vagas, adotamos uma política cautelosa e sem precipitações.

Caso fosse confirmado, o Náutico não receberia qualquer valor referente as cotas, pelo fato do Salgueiro já ter feito o seu adiantamento. Ressaltamos que sempre mantivemos uma conduta ética durante o desenrolar dos fatos neste processo.

O Náutico completará, no próximo dia 7 de abril, 120 de anos de história. São 12 décadas marcadas por resultados conquistados em campo de maneira limpa e justa".
A situação lembra a de 2015, quando o então presidente do Carcará, Clebel Cordeiro, fez um pedido semelhante à FPF. Na época, a intenção era abandonar a Série C e não disputar as competições do ano seguinte. Assim como agora, o clube alegava problemas financeiros.
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