Raí e o seu brilho no primeiro título mundial do Tricolor

Foto: arquivo

Raí antes da cobrança de falta que deu o título ao Tricolor

Neste 13 de dezembro de 2020, a torcida do São Paulo faz festa! Completa-se 28 anos do primeiro título mundial do clube, conquistado com uma vitória de virada sobre o Barcelona, por 2 a 1, no Estádio Olímpico Nacional de Tóquio, no Japão. O grande nome desta partida foi o meia Raí, um dos maiores ídolos do clube, que fez os dois gols do Tricolor na partida.

Raí, naquele dia, era considerado o grande nome do futebol brasileiro. Desde o ano anterior, quando o São Paulo conquistou o Brasileirão, em cima do Bragantino, no primeiro semestre, e o Paulistão, no segundo, quando o meia marcou três gols na primeira partida da decisão contra o Corinthians, os comentaristas já apontavam que o camisa 10 Tricolor era o melhor jogador atuando em terras tupiniquins, em uma época que já havia o êxodo de atletas indo para a Europa, mas em um ritmo menor e com os clubes daqui conseguindo segurar um pouco mais seus grandes nomes.

O ano de 1992 só confirmou aquilo que todos os cronistas esportivos falavam. Raí foi o grande líder do São Paulo na conquista da Copa Libertadores e vinha sendo o grande nome do time no Paulistão, que o Tricolor conquistaria uma semana depois do Mundial, em final contra o Palmeiras (aqui vem um fato inusitado: o primeiro jogo da final foi antes da Copa Intercontinental e o segundo depois).

Mas tinha o grande desafio: o Mundial Interclubes. O São Paulo enfrentaria o Barcelona, time que já havia goleado meses antes, em uma excursão para a Europa. Porém, o time catalão ainda estava em pré-temporada e todos os envolvidos no futebol Tricolor sabiam que a história, em 13 de dezembro de 1992, seria diferente. E foi!

Nervosismo, ansiedade ou até mesmo respeito ao adversário em demasia. Tudo isso pode justificar o fato dos europeus terem começado a partida com absoluto domínio sobre os são-paulinos, tomando conta do campo brasileiro, trocando e invertendo muitas bolas, e atrapalhando o sistema defensivo do Tricolor. Assim, aos 12 minutos, Stoichkov, justo ele, abriu o marcador em favor dos espanhóis.

Após o gol sofrido, o São Paulo melhorou e foi então que Raí assumiu o protagonismo. O Tricolor dominava e 27 minutos depois fez valer a superioridade em campo e empatou o placar após preciosa jogada de Müller, que deixou o adversário zonzo, e ao instinto de finalização de Raí, meio que de peito, meio que de barriga, no movimento de um lance de peixinho, deixou tudo igual em Tóquio.


No segundo tempo, o São Paulo dominava, mas não conseguia marcar. Porém, aos 34 minutos, depois de Palhinha sofrer falta na entrada da área, não haveria nada mais que o arqueiro rival pudesse fazer. Raí pegou a bola para cobrar a falta. Cafu parou ao seu lado. Pintado chegou junto a eles e vibrou como se antevisse o que estava por vir. O camisa 10 rolou a bola para Cafu, que só ajeitou para o chute colocado de Raí: 2 a 1 para o Tricolor, que conquistava o Mundial.

Era a afirmação de Raí no São Paulo. Este segundo gol é considerado até hoje o mais importante da história do Tricolor. O camisa 10 ainda conquistou o bi da Libertadores, em final contra a Universidad Católica, mas em seguida foi vendido para o Paris Saint-German, não ficando para o segundo título Mundial. Raí voltaria ao São Paulo em 1998, mas seu nome, seguramente, está entre os maiores da história Tricolor.
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