Em 1916, Vasco vencia sua primeira partida no futebol

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Equipe do Vasco que venceu a primeira partida na história do clube

O Vasco da Gama é um dos mais tradicionais clubes do futebol brasileiro, sul-americano e mundial. Os Cruzmaltinos são donos de uma história cheia de capítulos de luta, glória e conquistas, misturadas a dores e tristezas. Há exatos 104 anos, em 29 de outubro de 1916, o Gigante da Colina, na época ainda uma criança no mundo do futebol, vencia seu primeiro jogo no esporte bretão, diante do River São Bento.

A história do futebol no Vasco começa já bem depois da fundação do clube. Em 1915, já com o clube próximo dos 18 anos de existência, o Lusitânia foi incorporado e assim sócios empolgados com jogo trazido pelos ingleses fundaram o departamento de futebol. A primeira partida dos vascaínos no futebol, porém, só veio a acontecer em maio de 1916, numa derrota de 10 a 1 para o Paladino, com o gol de honra marcado por Adão Antônio Brandão, um dos maiores nomes da história do clube.

O início vascaíno com a bola no pé não foi nada fácil. Jogando a terceira divisão da Liga Metropolitana, o clube tinha dificuldade para encontrar-se dentro de campo, sofrendo com os problemas corriqueiros a um time novo na era amadora. Desde seu início, o Vasco não tinha problema em incorporar jogadores de quaisquer classes sociais, raças, credos e profissões, desde que se mostrassem aptos dentro de campo, essa ousadia histórica culminaria no já conhecido time dos "Camisas Negras", anos depois.

A primeira vitória no dia 29 de outubro foi em jogo disputado no campo do São Cristóvão. O Cruzmaltino venceu por 2 a 1 a equipe do River São Bento. Cândido Almeida e Alberto Costa Júnior marcaram os tentos vascaínos. O resultado veio numa circunstância inusitada, já que o adversário só contou com 9 homens em campo. Esses foram os únicos pontos conquistados pelo clube da colônia portuguesa naquela competição, com a equipe terminando o torneio na lanterna.


O início difícil foi sendo revertido aos poucos justamente pela revolucionária política de aceitar qualquer um que tivesse qualidade no clube. Mesmo na época das regatas, o Vasco já havia tido um presidente mulato e quando incorporado, o Lusitânia, que era um clube só de portugueses, passou a ser gerido sobre a mesma política democrática de aceitação. Foi talvez essa mistura, num esporte que hoje é tão cosmopolita, que fez o Cruzmaltino tão forte naqueles anos, mudando da água para o vinho, quando o time que sofria na terceira divisão da Liga Municipal virou o esquadrão mais forte do estado do Rio de Janeiro.

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