Depois de seis meses de adiamento, por conta da pandemia, a bola vai rolar na Segundona Paulista

Por Victor de Andrade e Lucas Paes


Depois de um adiamento de seis meses, de a competição ficar em dúvida se realmente aconteceria e a desistência de sete equipes, finalmente a bola vai rolar para o Campeonato Paulista da Segunda Divisão de 2020. Com a presença de 35 clubes e dois meses de torneio, que começa neste sábado, dia 17, a briga é pelas duas sonhadas vagas na Série A3 de 2021.

A princípio, a Segundona 2020 estava prevista para começar em 18 de abril, com a presença de 42 equipes, mas a Federação Paulista de Futebol resolveu adiar o início da competição por conta da pandemia de coronavírus. Quando houve o início das conversas para um novo início, Santacruzense, Taquaritinga, São Carlos, Jaguariúna, Mogi Mirim, Joseense e Taboão da Serra desistiram de participar do certame. Além disso, o Osasco FC negociou de vez sua filiação com o Ska Brasil.

Confira os grupos:

Grupo 1

Testes no Andradina no retorno aos treinos

O Grupo 1 da competição conta com o tradicionalíssimo América de São José do Rio Preto, Andradina, os conhecidos Araçatuba e Bandeirante de Birigui, além do retorno do Tanabi. Por incrível que pareça, quem se destaca, a princípio, é o Andradina, que montou um grupo forte, com jogadores experientes na competição, e deve surpreender a quem vai apenas pela tradição.


O América, que antes da pandemia, chegou a anunciar o conhecido técnico Pinho, não terá ele no comando da equipe e ainda tem que resolver o problema do Teixeirão, que está interditado. O Araçatuba montou um time com apelidos de jogadores conhecidos, como Zidany, Balotelli, Palermo, Tiririca e Batistuta em seu elenco. O Bandeirante chegou a virar notícia, quando seus jogadores fizeram churrasco no meio da quarentena. Já o Tanabi terá em seu comando Ailton Modesto, que dirigiu o sub20 do clube, que avançou de fase na Copa São Paulo.

Grupo 2

Jogadores do Tupã

Com a presença dos dois times de Assis (Assisense e Vocem), além de Grêmio Prudente, Osvaldo Cruz e Tupã, o Grupo 2 deve ter um equilíbrio de forças. Porém, o Grêmio Prudente, que está voltando depois de uma curta licença, vem com uma nova proposta, teve mudança no escudo e trabalho forte na comunicação, tendo apoio da FutFanatics.


No Assisense, o destaque é o venezuelano Robin Gutierrez, com passagens por Cruzeiro e CRB, além de já ter atuado na Libertadores. O Osvaldo Cruz, que chegou a ensaiar a desistência, tentará a classificação. No Tupã, que será comandado por Bira Arruda, ex-Desportivo Brasil, a expectativa é grande, já que o clube trouxe muitos jogadores com experiência na divisão. Já o Vocem deve ter Betão Alcântara como treinador, mas não investiu muito no elenco.

Grupo 3

Luzinel é uma das apostas do XV de Jaú na competição

O Grupo 3 é formado por Francana, Inter de Bebedouro, Matonense, Sãocarlense e XV de Jaú. O destaque fica por conta do Galo de Jaú, que todo ano investe pesado para sair da Segundona, mas sempre fica pelo meio do caminho. Neste ano, novamente o XV é um dos times que estão mais investindo, mas que mudar o "final do filme", finalmente conquistando o tão sonhado acesso.


A Francana, que no ano passado chegou nas quartas-de-final, que avançar mais nesta temporada e conquistar uma das duas vagas para a Série A3. A Inter de Bebedouro, antes da pandemia, tinha um elenco montado, mas teve que dispensar os atletas e alguns não voltaram. A Matonense, que foi outra a equipe que pensou a desistir, será dirigida pelo filho do presidente, de apenas 22 anos. Já o atual Sãocarlense, que vai para a sua terceira temporada na Segundona, terá Marcus Vinícius Viola, ídolo do outro time da cidade, o São Carlos (que não disputará este ano), como treinador.

Grupo 4 

Clássico entre Rio Branco e União Barbarense se repetirá em 2020

O grupo 4 da Segundona de 2020 tem três dos mais tradicionais times que disputarão a última divisão do estado. Rio Branco e União Barbarense farão um dos clássicos dessa edição do campeonato, sendo provavelmente o mais tradicional confronto na divisão. Há também conhecido Independente de Limeira e por fim o Elosport e o Itararé, teoricamente forças “secundárias” do grupo, mas que são velhos conhecidos do torneio.


Com apenas duas vagas, ou com muita sorte, três disponíveis para o mata-mata, Rio Branco e União Barbarense despontam sim com certo favoritismo. O time de Santa Bárbara D’Oeste tenta apagar a má lembrança da campanha do ano passado enquanto o Rio Branco tenta voltar a seus dias mais gloriosos. A tendência é que haja inclusive uma boa chance que o terceiro colocado desse grupo seja um dos que se classificarão. 

Grupo 5 

Depois de bater na trave em 2019, Flamengo de Guarulhos quer o acesso nesta temporada

Formado por Amparo, Brasilis, Flamengo de Guarulhos, Guarulhos e Itapirense, é outro grupo que parece ter dois grandes favoritos nas duas equipes mais tradicionais. Amparo e Flamengo largam na frente numa chave que tem uma espécie de “coadjuvante de luxo” no Brasilis, equipe que foca na formação de atletas e não necessariamente em desempenho competitivo.


Com um grupo onde dificilmente haverá zebras, é provável que os favoritos se classifiquem ao mata-mata e com pontos podendo ser tirados aqui e ali, não é possível cravar que o terceiro colocado esteja na briga pelas concorridas vagas na terceira posição. O curioso é que o Amparo, por manter o treinador Ricardo Chuva e parte do elenco que foi bem em 2019 desponta inclusive com maior favoritismo que o tradicional Corvo de Guarulhos. 

Grupo 6 

Manthiqueira quer repetir 2017 e ser campeão novamente

Integrado pelos dois times de Mogi das Cruzes (Atlético e União) e por Manthiqueira, São José e União Suzano, o grupo tem um dos “sacos de pancada” da divisão, o Atlético Mogi ao mesmo tempo em que tem um dos favoritos inclusive a conquistar o título e provavelmente a equipe mais conhecida da edição desse ano da Série B o São José.


A curiosidade dessa chave é que a briga pela segunda vaga deve ser boa. A tendência é que o São José se classifique sem maiores dificuldades. Já no que se refere a segunda posição, com exceção do Atlético, as outras três equipes do grupo devem protagonizar uma interessante batalha pela classificação e possíveis pontos tirados no duelo contra a Águia do Vale podem ser determinantes nesse cenário. 

Grupo 7 

O experiente Lelo dirige o Jabaquara em 2020

O último grupo da competição tem os dois times de Mauá (Mauá FC e Mauaense), Barcelona Capela, Ska Brasil e o Jabaquara. Nessa chave, com exceção do Ska Brasil, os outros quatro times são velhos conhecidos da divisão, sendo o Jabuca um dos clubes que está há mais tempo na Segundona e o Mauaense, ambos querendo mudar a imagem que deixou nas últimas temporadas.


O fato, porém, é que ambas as equipes de Mauá pintam como favoritas a classificação. O Mauá, mesmo recém fundado, faz boas campanhas na divisão e tenta quem sabe esse ano o sonhado acesso. Já a Locomotiva tem o mesmo treinador desde 2018, porém não passou da primeira fase nas duas últimas edições. No caso de 2019, ela perdeu pontos por problemas com jogadores irregulares e por causa de uma partida onde seu estádio estava interditado, então há uma melhora dentro de campo. Apesar de "correr por fora", o Leão da Caneleira será comandado por Lelo, que tem vários acessos no currículo, o que permite aos rubro-amarelos sonharem.

Regulamento - Na primeira fase, as 35 equipes serão divididas em sete grupos com 5 equipes cada. Elas jogarão dentro de seus grupos, em turno e returno. As duas melhores de cada grupo avançam para a fase seguinte. Os 2 melhores terceiros colocados, independente de grupos, também avançam a segunda fase. A partir da segunda fase em diante, o torneio será eliminatório.
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