Quarentinha, o maior artilheiro da história do Botafogo

Foto: arquivo

Quarentinha marcando um dos mais de 300 gols pelo Botafogo

Neste 15 de setembro de 2020, Waldir Cardoso Lebrego, ou simplesmente Quarentinha, estaria completando 87 anos se estivesse vivo. Ele, que tinha uma grande facilidade de marcar gols quando atuou no futebol, entre os anos 50 e 60, tem uma relação gigante com o Botafogo, já que é o maior artilheiro da história do clube.

Quarentinha nasceu em Belém, dia 15 de setembro de 1933, e morreu dia 11 de fevereiro de 1996. Ele começou no Paysandu, de sua cidade natal, em 1950, e já chamou a atenção de vários clubes pelos seus gols e forma de jogar. Após o começo de carreira no time da região norte, o atacante se transferiu para o Vitória da Bahia, onde foi o artilheiro do campeonato baiano de 1953 com 31 gols. Seu sucesso como grande goleador fez com que o passe do mesmo fosse adquirido pelo Botafogo do Rio de Janeiro, onde começou a despontar como artilheiro de nível nacional.

Uma figura exótica, que não via motivos para comemorações nos gols que fazia. Afinal, aquele ponta-de-lança que tinha um chute potente perna esquerda e que nunca fazia festa para seus gols, dizia que não havia razão para festejos, pois estava apenas cumprindo com a obrigação, já que era pago para isso. Isso irritava a torcida botafoguense.

Jogou, primeiramente, dois anos pelo time da estrela solitária. Desentendeu-se com os dirigentes alvinegros e foi emprestado em represália ao Bonsucesso do Rio, onde disputou o campeonato carioca de 1956, sagrando-se vice artilheiro do certame com 21 gols, um gol a menos que o artilheiro que foi Valdo do Fluminense. Porem no jogo em que o Bonsucesso enfrentou o Botafogo, Quarentinha fez o único gol da partida e com isto os dirigentes voltaram atrás e o integraram novamente ao elenco do alvinegro.

Jogando ao lado de Didi e Garrincha, fez história e foi o artilheiro do Campeonato Carioca por três edições seguidas: 1958/59/60 e se destacou por apresentar na época a melhor média de gols da história da Seleção Brasileira: 1 gol por jogo (17 jogos e 17 gols).

Mesmo com seu estilo exótico, sua passagem pelo Botafogo teve números impressionantes: foram 442 jogos e 313 gols, o que dá a ele o título de maior artilheiro da história do clube. Pelo Fogão, conquistou três vezes o Campeonato Carioca (1957, 1961 e 1962) e o Rio-São Paulo de 1962.

Uma discussão com o dirigente Brandão Filho o tirou definitivamente, do elenco do Botafogo em 1965. Depois do ocorrido, Quarentinha foi vendido para o América de Cali, da Colômbia, onde encerrou a carreira. Depois, voltou a morar no Rio de Janeiro, onde faleceu em 11 de fevereiro de 1996.