Luciano do Valle treinando a Seleção Brasileira de Masters

Por Lucas Paes
Foto: Fernando Santos/Folhapress

Uma foto um pouco "pesada", com Luciano do Valle, Pelé e Rivellino

Nascido em um 4 de julho como hoje, Luciano do Valle completaria, se estivesse vivo, 73 anos. O mineiro, que deu seus primeiros passos da narração e da reportagem em Campinas, foi um verdadeiro revolucionário da locução esportiva brasileira e a sua voz marcou a história de diversos momentos do esporte brasuca, seja no futebol ou em outras modalidades. Muito ligado ao "ludopédio", Luciano foi o treinador da Seleção Brasileira de Masters durante o ano de 1987, na disputa da Copa Pelé.

O narrador foi um dos que ajudou a criar a equipe, como já destacado neste post. A ideia veio por meados de 1984, quando Luciano, através da sua empresa Luqui teve a iniciativa de juntar craques do futebol brasileiro para jogar amistosos contra seleções de outros países e combinados. O time em si demorou a engrenar e no inicio revezava os treinadores a cada jogo. Por volta de 1986, a equipe começa a fazer sucesso e lotar seus jogos e em 1987 a Luqui e a Bandeirantes idealizam o Mundialito de Masters (na época Sêniors, na verdade), chamado de Copa Pelé.

Devido a ser um entusiasta da equipe já desde o seu início, foi dada ao narrador a honraria de comandar a equipe Canarinho. O convite partiu a partir do momento em que Luciano foi um dos idealizadores do "Mundialito de Masters" de 1987, que ganhou o nome de Copa Pelé. No Brasil, ele comandaria nomes do nível de Dadá Maravilha, Rivellino, Carpegiani, e, pelo menos na primeira partida, um certo craque chamado Pelé. 

Sob o comando de Luciano, o Brasil fez uma campanha de altos e baixos na primeira fase, vencendo a Alemanha e a Itália, perdendo para a Argentina e empatando com o Uruguai, mas se classificou e acabou derrotado pelos Albicelestes na decisão. Sucesso de público e de audiência, com transmissões para vários países e no Brasil narração de Silvio Luiz, o torneio continuou sendo disputado naquela década e, apesar de não comandar o time brasileiro em amistosos, quando os treinadores eram revezados, Luciano seguiu a frente da equipe nas edições da Copa Pelé.


O narrador seguiu no comando do Brasil nas conquistas de 1989 e 1990, onde segundo o próprio "treinador", a equipe se preparou melhor para as competições e por isso venceu. No ano de 1990, houve um outro torneio, chamado de Copa Zico, onde o próprio Galinho de Quintino jogou e o Brasil foi campeão. Em 1991, novamente como Copa Pelé, ele também estava na casamata na conquista verde e amarela nos Estados Unidos, na primeira vez em que a disputa não foi sediada no Brasil, mas o torneio acabou fracassando com relação a presença de público devido a Guerra do Golfo. 

A partir da edição de 1993, disputada na Áustria e na Itália, apesar do locutor ainda comandar os brasucas, a organização passou a ser da Federação Internacional de Futebol Masters, ou IMFA, criada naquele ano com chancela da FIFA. O torneio também passou a ser denominado Mundial de Masters. Aquela seria também a última vez em que a Luqui seria responsável por montar a Seleção Brasileira de Masters. Luciano do Valle encerrou sua trajetória como o técnico da Seleção de Masters com um terceiro lugar. No total, foi responsável por comandar três dos quatro títulos que a Seleção Canarinho levou da competição. A Copa Pelé, nomeada a partir dali Mundial de Masters, foi disputado até 1995.
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