O Nacional campeão da Libertadores de 1971

Foto: divulgação Nacional

O grande time do Nacional que conquistou a Libertadores de 1971

O Club Nacional de Fútbol, do Uruguai, está completando 121 anos de fundação neste 14 de março de 2020. Entre suas grandes glórias, uma delas foi conquistada em 1971, quando conquistou a primeira de suas três Copa Libertadores.

O Bolso, liderado por Etchamendi, era composto por vários jogadores experientes. A idade média foi recomendada para encarar as dificuldades daquela temporada, combinando atletas de 30 anos com outros que estavam começando a criar suas próprias histórias no clube.

O goleiro brasileiro Airton Correia, mais conhecido como "Manga", atuava no clube desde 68. Nesse campus, Atilio Ancheta, Juan Carlos "Cacho" Blanco, Juan Martín Mujica, Víctor Espárrago e Ildo Maneiro já brilhavam. Julio Montero Castillo estreou em janeiro de 1966, como Julio César Morales, sendo dessa geração os jogadores que estavam no clube há mais tempo.

Luis Ubiña chegou em abril de 1967, o chileno Ignacio Prieto estreou em janeiro de 1968, Ángel Brunell, Luis Cubilla e Juan Carlos Mamelli, que vieram de Catamarca (Argentina), o fizeram no início de 1969. Alguns meses depois, ele escreveria sua Os primeiros gols de um dos maiores jogadores da história do Nacional: o "artilheiro" Luis Artime. O último a formar essa equipe sensacional foi Juan Masnik.

A competição - A primeira fase da Copa Libertadores de 1971 foi integrada pelo Nacional, Peñarol e pelos quadros bolivianos Chaco Petrolero e The Strongest. Em 2 de março, com a arbitragem do argentino H. Dellacasa, no estádio Centenario, o Nacional estreou contra Peñarol. Em um jogo muito difícil, tremendamente contestado, Artime teve que desequilibrar. Ele fez o primeiro gol e, quando a partida terminou, eles cometeram um pênalti que Mujica executou, vencendo o Dean 2 a 1.

A equipe então viajou para a Bolívia, a uma altura de quase 4.000 metros de La Paz. Ele enfrentou Chaco Petrolero primeiro, derrotando-o por 1 a 0 com um gol de Mamelli, de Catamarca. O Nacional teve que jogar oito dias depois contra o The Strongest e decidiu jogar amistoso com Jorge Wilsterman, que derrotou por 2-1 com gols de Ancheta e Prieto.

Em 14 de março, empatou com o The Strongest por 1 a 1, vencendo o gol do atacante Ruben Bareño. Contra o mesmo rival, a revanche acontece no dia 20 de março no Centenário: o Nacional venceu por 5 a 0 com gols de Artime (3), Cubilla e Mujica. Quase o mesmo destino corre Chaco Petrolero, que deixa o Centenário derrotado por 3 a 0. Artime, Bareño e Masnik novamente no placar. Com um estádio cheio, no último jogo da série, ele derrotou Peñarol novamente, mas agora com um claro 2-0, sendo os autores dos gols Blanco e Maneiro.

Semifinais - Os vencedores de cada série foram divididos em dois grupos. Nacional foi responsável por tocar com o Universitario, do Peru, e Palmeiras, do Brasil. Ele viaja para Lima e empata em 22 de abril com o primeiro. Forma com Manga, Ancheta e Masnik, Ubiña, M. Castillo e Mujica. Cubilla, Maneiro, Espargos, Artime e Bareño.

Chumpitaz, um artista temível que terminou com muita violência, é lembrado permanentemente na sentença criminal de Manga. Em uma partida memorável, em 2 de maio, o Bolso derrotou o Palmeiras no mesmo estádio do Pacaembú, em São Paulo, por 3 a 0, com gols de Artime (2) e Bareño.

Nas revancheias em Montevidéu, no dia 11 de maio, ele venceu o Universitario por 3 a 0, com dois gols de Morales e o restante do Artime; e, no dia 18 de maio, venceu o Palmeiras por 3 a 1, convertendo Artime, Morales e Prieto. As finais nacionais devem ser disputadas com o Estudiantes de la Plata, vencedor das outras séries.


As finais - A primeira final foi disputada em La Plata (Argentina) em 26 de maio, onde o Nacional perde por 1 a 0. Na revanche realizada em Montevidéu, em 2 de junho, sendo o juiz Fabillo Neto do Brasil, ele venceu por 1-0 com um cabeçalho, aos 42 minutos do segundo tempo, por Juan Masnik.

A terceira e última partida foi disputada em Lima (Peru) em 9 de junho. O juiz foi Hormazábal do Chile e Nacional formado com: Manga, Ancheta e Masnik, Ubiña, M. Castillo e Blanco, Cubilla, Maneiro, Espárrago, Artime e Morales. Mujica e Mamelli entraram atrás de Maneiro e Morales, respectivamente. O Nacional venceu por 2 a 0 com gols de Espárrago e Artime liderando após uma grande jogada de Cubilla.

Conquistar os Libertadores deu ao Nacional muito mais prestígio do que ele já tinha. E graças a essa conquista, ele ganhou mais dois troféus internacionais: a Copa Intercontinental e a Copa Interamericana. Mas isso é uma outra história...
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2 comentários:

  1. Estava no Pacaembu, no jogo do Palmeiras e Nacional. Foi um grande jogo pois eram dois timaços. Foi a maior exibição de um time estrangeiro que ví no Pacaembu, nada de catimba, futebol bem jogado. Manga repôs a bola, ela quicou e passou pelo Nelson e o Artime fuzilou, marcando para o Nacional. Os destaques desta partida foram Manga, Ancheta, Masnik, M. Castilho, Maneiro, Artime e o maestro do jogo, circulando por todo o campo foi Cubilla, acho que o time todo do Nacional jogou bem neste dia, Ancheta e Masnik cortaram todos os cruzamentos por cima, por baixo. Lembrando que o Palmeiras tinha Leão, Dudu, Ademir da Guia, Hector Silva, Cesar, um timaço. Se é uma Copa que o Palmeiras não tem nada a lamentar é essa Libertadores pois o Nacional era a melhor equipe das Américas, reconheço como palmeirense.

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  2. O comentário acima foi de Sabino Di Giorgio.

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