A excursão da Briosa para Europa, Oriente Médio e África em 1975

Com a colaboração de Walter Dias
Foto: arquivo

Em pé: Joaquim Feliz, Nilson, Maurinho. Ailton Silva, Otávio, Jovenil, Lima, Bracali e Zé Ramos. Agachados: Ciaglia (diretor de Futebol), Carlos Alberto (presidente), Eduardo, Davi, Bugiu, Beibevit, Miguel, Dimas, Ezequiel e Kiko.
Portuguesa Santista em Braila, na Romênia, em 28 de setembro de 1975

Entre os anos 50 e 90, era comum os times brasileiros irem ao exterior e fazerem longas excursões. E isto não era uma primazia apenas das grandes equipes. Outros escretes também faziam vários jogos em outros continentais e muitos voltavam com muitas vitórias. A Portuguesa Santista, conhecida pela Fita Azul de 1959, em uma excursão em 1959, foi ao exterior em 1975, em uma "ronda" que passou por oito países, de três continentes, e durou dois meses.

A Briosa foi para a excursão ao fim do Campeonato Paulista, onde o time não foi bem, sendo o penúltimo, mas a competição não teve rebaixamento. Então, nada melhor do que jogos no exterior para levantar o ânimo. E o time Rubro-Verde começou a aventura no dia 23 de setembro em Constanta, na Romênia, empatando em 2 a 2 contra o time local.


A segunda partida, dois dias depois, não foi uma jornada feliz da Portuguesa: derrota por 3 a 1 para o Galatzi. Ainda na Romênia, a Briosa encarou, em 28 de setembro, o Braila. E foi neste dia que veio a primeira vitória da excursão: 2 a 1. Depois, a equipe foi até a Ásia, mais precisamente no Oriente Médio.

A delegação Rubro Verde desembarcou no Kwait para três jogos. A Briosa não teve dificuldades e triunfou em todos eles. O primeiro, em 1º de outubro, um 2 a 1 no Kwait SC. Os outros dois foram ainda mais fáceis: 3 a 0 no Arabilem Kwait, em 3 de outubro, e 4 a 0 no Salmia, dois dias depois.


Em seguida, a Portuguesa Santista voltou para a Romênia e em 8 de outubro encarou o Olimpia, em Satu Mare, perdendo por 4 a 0. A próxima escala da Briosa foi na Espanha, onde no dia 11 perdeu para o Sevilla, por 2 a 0. Ali terminava a parte europeia da excursão, que ainda tinha muito jogo pela frente.

A 'perna' mais longa da viagem da Briosa foi na África, começando na Argélia, onde no dia 14 de outubro houve um empate com a Seleção do país, em 1 a 1. Dois dias depois, mais uma partida contra o selecionado e novamente o placar foi de 1 a 1. Em seguida, a Briosa partiu para a Tunísia, onde venceu o combinado Esperance/Afrikan, por 2 a 1, em 21 de outubro.


A parada seguinte da Portuguesa Santista foi na Nigéria, onde a equipe estreou contra o Vasco local, empatando em 1 a 1 no dia 26 de outubro. Três dias depois, veio uma vitória por 3 a 1 sobre o Stationery Stone, em seguida um empate sem gols contra a Seleção de Kano, em 2 de novembro, e a última partida no país foi contra o Mighty Jet, no dia 4, onde a Briosa venceu por 2 a 1.

Depois, a equipe Rubro Verde foi para a Costa do Marfim, onde fez mais dois jogos, sendo um empate em 1 a 1 com o Asese, em 12 de novembro, e uma vitória sobre o Sporting Club, por 2 a 1, dois dias depois. A última escala da Portuguesa foi em Senegal, onde começou com uma vitória sobre o Jarraf, por 2 a 1, em 16 de novembro. Depois, uma derrota para a Seleção do país, por 1 a 0, no dia 18, e na despedida veio uma vitória sobre a Seleção de Kaulack, por 3 a 1, em 20 de novembro.


O saldo da equipe, dirigida pelo técnico Joaquim Feliz, foi o seguinte: 20 jogos, 10 vitórias, seis empates e quatro derrotas, fazendo 33 gols e sofrendo 24. David, cunhado de Pelé, foi o artilheiro da Briosa na excursão, com 10 gols, seguido de Bernardo, com 8, Miguel (6), Dimas (4), Eduardo Alex (3) e Quico (2).
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