O Olimpia campeão da Supercopa e Recopa no mesmo dia

Foto: arquivo Olimpia

Jogadores do Olimpia carregam a Supercopa. Título também garantiu a conquista da Recopa

Neste final de semana, o Flamengo conseguiu um grande feito ao conquistar a Copa Libertadores, no sábado, dia 23, ao derrotar o River Plate, de virada, por 2 a 1, em Lima, no Peru, e no domingo, dia 24, sem precisar entrar em campo, sagrar-se campeão brasileiro, se beneficiando da derrota do Palmeiras para o Grêmio, em casa, também por 2 a 1. Porém, o paraguaio Olimpia tem um feito ainda mais impressionante, tendo ganho dois torneios sul-americanos no mesmo dia: a Supercopa e a Recopa Sul-Americanas em 11 de janeiro de 1991.

Para entender como isto foi possível, vamos voltar para 1990, quando o Olimpia conquistou a Libertadores da América. Por causa da Copa do Mundo, a final daquela competição foi realizada apenas em outubro e, depois de vencer o Barcelona de Guaiaquil, por 2 a 0, em Assunção, um empate em 1 a 1, no dia 10, no Equador, deu o título da maior competição sul-americana ao time paraguaio, o segundo da sua história. Esta vitória garantiu ao Olimpia o direito de decidir a Recopa Sul-Americana de 1991, que seria contra o campeão da Supercopa da Libertadores.


Após o fim da Libertadores, teve início a Supercopa, competição realizada entre as décadas de 80 e 90 (que estão estudando a volta) reunindo todos os campeões da Libertadores até então. O Olimpia, campeão de 1979 e 1990, estreou contra o River Plate, perdendo o primeiro jogo por 3 a 0 e vencendo o segundo pelo mesmo placar, passando pelas penalidades.

Depois, o Olimpia encarou outro argentino, o Racing, e mesmo empatando em casa em 1 a 1, conseguiu avançar ao fazer 3 a 0 em Avellaneda. Na semifinal, o adversário foi o Peñarol. No primeiro jogo, no Centenário, derrota por 2 a 1. Porém, na segunda partida, em Assunção, o Olimpia atropelou o adversário e goleou por 6 a 0, se garantindo na final.

Na final, o Olimpia voltaria ao Centenário, em Montevidéu, para encarar o Nacional. Porém, por causa do atraso no calendário, por causa da Copa do Mundo, no meio do ano, e a Copa Intercontinental (o antigo Mundial de Clubes), no Japão, onde os paraguaios perderam o título para o Milan, por 3 a 0, a final da Supercopa da Libertadores de 1990 foi realizada apenas em janeiro de 1991.

Em 5 de janeiro, o Olimpia, mesmo atuando no Centenário, fez uma atuação de gala. O Nacional não "viu a cor da bola" e foi derrotado por 3 a 0. González, Amarilla e Samaniego fizeram os gols do time paraguaio, abrindo uma grande vantagem para o jogo de volta.


Em 11 de janeiro, as duas equipes voltaram a campo, mas desta vez no Defensores Del Chaco. Cardaccio fez 1 a 0 para o Nacional, logo aos 4 minutos. Samaniego empatou aos 26', mas Morán, aos 31', deu esperança aos uruguaios.

Porém, na segunda etapa, Amarilla, logo aos 4', e Monzón, aos 24', viraram o jogo para o Olimpia. Wilson Núñez, aos 34', até deixou novamente tudo igual, mas os paraguaios controlaram o jogo e seguraram o resultado. No apito final, muita festa, já que o Olimpia conquistava, pela primeira vez, a Supercopa, o segundo título continental da temporada de 1990 (mesmo com a final sendo já em 1991).

Porém, não ficaria por aí: como a Recopa Sul-Americana, na época, era definida entre os vencedores da Libertadores e da Supercopa e como o Olímpia, na temporada de 1990, havia conquistado as duas taças, também ficou com o título da terceira competição do continente. Portanto, o empate contra o Nacional, em 11 de janeiro de 1991, garantiu ao Olimpia dois títulos de torneios sul-americanos.
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