Por Lula Terras
Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação
Felipão foi demitido nesta segunda-feira, dia 2
O início desta semana serviu para, mais uma vez, mostrar que o futebol brasileiro vai de mal a pior, seja nas quatro linhas, como nos bastidores e nas relações entre dirigentes, atletas e comissões técnicas. A demissão do treinador Luiz Felipe Scolari, o Felipão, pelo Palmeiras, não pode ser considerada uma surpresa, pelos detalhes relacionados no início.
A meu ver, a surpresa foi a confirmação do nome de Mano Menezes, para substituí-lo, que também teve um brilhante trabalho no Cruzeiro, que foi interrompido por situação semelhante à de Felipão, no Palmeiras, além de ambos terem um sistema de trabalho parecido, ambos são expoentes da escola gaúcha de treinadores, que prioriza o sistema defensivo, e a posse de bola, para inibir os ataques adversários.
Existe outro fato a ser considerado, quanto à chegada de Mano Menezes, no Palmeiras. Ele tem contra si, a rejeição de grande parte dos torcedores, e membros do Conselho Deliberativo, que se colocaram contrários pela identificação, com o Corinthians, equipe arqui-rival histórica dos palmeirenses.
Não se pode negar que o experiente treinador (Felipão) tem um brilhante currículo, com importantes conquistas, seja nos clubes, por onde passou, pela Seleção Brasileira, campeã mundial em 2002, e campeã da Copa das Confederações em 2013; e pela Seleção Portuguesa, vice-campeã da Eurocopa em 2004.
Mesmo com todo esse currículo e identificação com o clube, foi impossível sua permanência à frente do elenco, devido a grande pressão nos bastidores, que aumentaram depois das duas últimas derrotas, contra o Grêmio, que provocou sua desclassificação na Copa Libertadores da América, e os 3 x 0 para o Flamengo no domingo. Os péssimos resultados acabaram, por consumar sua demissão, confirmada no início da noite desta segunda-feira, dia 2, ao término de uma reunião realizada pela diretoria do clube, para a qual, Felipão sequer havia sido convidado. O treinador que tem forte ligação com o clube, devido as grandes conquistas, em passado recente foi informado, da decisão pelo Diretor de Futebol do Clube, Alexandre Mattos, que também tem sua cabeça à prêmio, ao ponto de haver dirigente que garanta, sua saída até o início do próximo ano, quando uma grande reformulação há de acontecer no clube.
O motivo oficial é fácil de ser constatado, uma vez que, desde a paralisação do Brasileiro para a realização da Copa América, o time não conseguiu engrenar. Foram até o momento sete jogos, com cinco empates e duas derrotas, e nenhuma vitória. Vale destacar que até a paralisação, o Palmeiras vinha liderando com folga, com 25 pontos ganhos, dos 27 possíveis, com 8 vitórias e um empate, em 9 jogos, ou seja, com 92,5% de aproveitamento.
Esta foi a terceira passagem de Felipão pelo Palmeiras. Ele conquistou a Copa do Brasil de 1998 e 2012, a Copa Mercosul de 1998, a Libertadores de 1999, o Torneio Rio-São Paulo de 2000 e o Brasileiro de 2018.
Em 2018 e 2019, Scolari comandou o Verdão em 77 jogos, com 46 vitórias, 21 empates e 10 derrotas. No total, são 485 jogos pelo clube palmeirense, com 238 vitórias, 132 empates e 115 derrotas. Junto com Felipão, deixam também o Verdão os auxiliares Paulo Turra e Carlos Pracidelli.
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