Cabeção - Goleiro ídolo do Corinthians na década de 50

Foto: arquivo Corinthians

Cabeção chegou nas categorias de base do Corinthians e só deixou o clube em 1966

Nesta sexta-feira, dia 23 de agosto de 2019, Luiz Morais, o Cabeção, comemora 89 anos de idade. Nascido em São Paulo, o goleiro foi o único a fazer frente a outro ídolo: Gilmar dos Santos Neves. Durante a década de 50, os dois batalharam entre si pela titularidade no gol do Timão.

A vida de Cabeção é cheia de características interessantes. A primeira delas vem com o seu nascimento. Apesar de ter vindo ao mundo no dia 07 de agosto de 1930, ele foi registrado somente 16 dias depois. Já na carreira como goleiro, ele foi o primeiro atleta da posição a usar luvas no Brasil e também a usar uma camisa que não fosse preta, trocando por uma cinza.

Cabeção era goleiro da boa fornada de aspirantes que subiu ao time principal do Corinthians a partir de 1949, junto com Idário, Roberto Belangero e Luisinho. Todos se tornaram grande ídolos do clube entre os anos de 1950 a 1960.

Começou ainda como infantil, em 1938 e, ao longo da carreira, saiu várias vezes, em definitivo ou por empréstimo, para Portuguesa, Bangu e Comercial de Ribeirão Preto, mas sempre retornou ao Parque São Jorge.

Dizia-se que nas partidas noturnas, Cabeção não apresentava a mesma eficiência que nos jogos diurnos. Mesmo assim foi campeão paulista em 1951, como titular absoluto. No mesmo ano, foi campeão pela seleção brasileira do Campeonato Sul-Americano disputado no Chile.

Na campanha do bicampeonato, em 1952, era suplente de Gilmar, sua grande sombra dentro do Parque São Jorge, e não chegou a entrar em campo nenhuma vez. Esteve na Copa do Mundo de 1954, na Suíça, como reserva de Castilho e naquele ano foi campeão paulista do famoso título do IV Centenário da cidade de São Paulo.

Em 1953, foi campeão pelo Corinthians da Pequena Taça do Mundo, realizada na Venezuela, que reuniu as equipes do Barcelona (ESP), Roma (ITA) e um selecionado da cidade de Caracas, sede do torneio. No mesmo ano, foi campeão pela seleção brasileira do Campeonato Sul-Americano disputado no Chile. Um outro detalhe interessante: apesar de diversas convocações, ele nunca entrou em campo pela Seleção Brasileira, ficando no máximo no banco de reservas.

Cabeção vestiu a camisa do Corinthians em 326 partidas. Saiu do Timão em 1966, indo defender o Juventus. Depois, foi para a Portuguesa Santista, onde encerrou a carreira em 1969.
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