Por Lucas Paes
Nesta sexta-feira, começará mais uma edição da Copa América
Nesta sexta-feira, dia 14 de
Junho, terá inicio mais uma edição da Copa América. Depois de 30 anos, a
competição sul-americana de seleções volta a ser disputada no Brasil. Este ano, serão 12 equipes, sendo as 10 da Conmebol e Catar e Japão
como convidadas. Teremos jogos em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador Belo
Horizonte e Porto Alegre.
Na primeira fase, os 12 times são
divididos em 3 grupos de 4 equipes. Classificam-se os dois primeiros colocados
e os dois melhores terceiros colocados para as quartas de final. A partir daí,
mata-mata até a final.
Grupo A
Brasil
David Neres é uma das novidades do Brasil
(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
A Seleção Canarinho é uma das principais favoritas ao título e jamais perdeu o torneio jogando em seus domínios. O Brasil teve o corte de Neymar, substituído por Willian, devido a lesão, também em meio a polêmica da acusação sofrida pelo brasileiro de estupro. Porém, ainda que sem brilho, a Seleção vem de bons resultados e entra como franca favorita diante de uma América do Sul lotada de seleções bagunçadas. O título seria ótimo para aliviar a pressão que já começa a pairar sobe os ombros de Tite, ainda que o gaúcho tenha excelentes números à frente do país. O time vem com novidades, como Neres e Arthur e promete muito para a sequência da competição.
Bolívia
Marcelo Moreno é o grande destaque do time boliviano
(Foto: Juan Mabromata / AFP)
A Seleção Verdaloga chega para a Copa América de 2019 sem ser muito badalada e muito longe de ser favorita. Comandada pelo boliviano Eduardo Villegas, o time segue tendo como seu destaque o experiente e conhecido atacante Marcelo Moreno, ídolo da torcida do Cruzeiro. Além dele, Ramiro Vaca, de 19 anos, foi convocado. Ele é uma das revelações do futebol boliviano. A maioria dos nomes do time joga no país. A Bolívia vem de resultados ruins nos amistosos recentes e entra como franca atiradora.
Peru
Guerrero é o grande nome do Peru
(Foto: Reuters)
Um time que pode vir a ser uma grata surpresa na Copa América de 2019. Gareca traz uma equipe bem armada e que deu trabalho na Copa do Mundo, onde sentiu falta de Guerrero. O atacante do Inter está convocado e é o destaque do time, mas nomes como Cueva, Farfán, Ruydiaz, Advincula chamam a atenção na Rojiblanca, que conta ainda com velhos conhecidos do torcedor brasileiro, como Trauco e Yotun, ainda que nem sempre pela qualidade técnica.
Venezuela
Soteldo entrou por causa de um corte, mas vive grande fase
(Foto: Divulgação/FIFA)
Outra seleção que pode representar uma grata surpresa, a Viño Tinto pode ser prejudicada pela imensa crise politico-humanitária que vive o país de Nicolás Maduro. Ainda assim, Rafael Dudamel conseguiu montar uma equipe interessante, que tem em Rondon um perigo enorme para qualquer adversário. O outro destaque do time, quase não convocado, é conhecido do torcedor brasileiro: o atacante Soteldo, que vem armando diversos salseiros em defesas pelo brasileirão à fora e recentemente deu assistência para o gol de Sasha diante do Corinthians. A Venezuela pode surpreender.
Grupo B
Argentina
Messi tenta no Brasil o primeiro titulo com a Albiceleste
(Foto: Getty Images)
A Albiceleste é um problema pois é tão imprevisível quanto gigante. M time que tem Messi pode chegar em qualquer lugar sem surpreender ninguém, inclusive fazer uma festa portenha no Maraca, mas também pode sucumbir de maneira vergonhosa com La Pulga apagada. Este ano, o time do treinador Scaloni vem com boa parte de seus grandes destaques ofensivos, como o próprio Léo Messi, Aguero, Di Maria, Dybala, Lo Celso e Lautaro Martinez, mas também tem jogadores que não seriam sequer opções em épocas mais gloriosas. Se Messi decidir levar o time nas costas é favorita por atencipação.
Colômbia
A Colômbia é um dos times mais perigosos da competição
(Foto: Divulgação)
Ainda que longe do brilhante futebol apresentado na Copa do Mundo de 2014, os Cafeteros seguem sendo um dos times mais perigosos da América do Sul. Carlos Queiroz tem em sua mão um grupo de jogadores habilidosos, liderados por nomes como James Rodriguez, Cuadrado, Falcao Garcia somados à recentes adições de qualidade como Cuellar. Além disso, a terra colombiana segue fértil para jogadores de qualidade técnica e habilidade. A Colômbia entra como uma das favoritas.
Paraguai
Derlis Gonzalez, do Santos, é um dos destaques do Paraguai
Foto: AFP
Treinada pelo argentino Eduardo Berizzo, a Tricolor tenta se recuperar do “fracasso” de não ir a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Este ano, o time contará com jogadores como Iturbe, Oscar Romero, Balbuena, um velho conhecido do torcedor brasileiro, e até jogadores como Derlis Gonzalez e Gustavo Gomez (capitão do time), que jogam em Santos e Palmeiras, respectivamente. Finalista em 2011, quando eliminou o Brasil, o Paraguai vem como favorito a uma das vagas num grupo que conta com um dos times mais fracos da competição. Daí pra frente, é mata-mata e tudo pode acontecer.
Catar
O Catar tentará ser a grande surpresa da competição
(Foto: AFP)
A despeito de ser um país com uma liga de times bastante endinheirados, a seleção catari ainda engatinha no futebol e está longe de ser um time sequer perigoso. Porém, o time é campeão da Copa da Ásia. Para a Copa América, a maior parte dos jogadores é sub-23. Hassan Al-Haydos é o segundo jogador com mais participações na história da seleção, provavelmente empatando o número de jogos com o primeiro na competição e é o grande destaque do time treinado por Félix Sanchez. È difícil imaginar que o Catar tire a vaga de Paraguai, Colômbia ou Argentina na fase final, baseando no pouco que mostrou diante do Brasil em amistoso.
Grupo C
Chile
Vargas é um dos destaques do Chile
(Foto: Reuters)
A atual bicampeã está hoje distante de seus melhores dias. La Roja decepcionou muito na última edição das eliminatórias e ficou fora da Copa do Mundo. Reinaldo Rueda assumiu a equipe para tentar melhores resultados, mas o time não foi lá tão bem nos últimos amistosos. Continua, porém, contando com um time bom, liderado por Vargas, Sanchez, Vidal e Aranguiz e ainda contando com ótimos jogadores como Isla, Jara e o capitão Medel. A Copa América é uma chance de recuperação e um tricampeonato conquistado dentro do Brasil seria histórico. É um dos times mais perigosos da competição.
Uruguai
Suarez segue sendo o grande destaque do Uruguai
(Foto: Divulgação)
A maior campeã é sempre um time perigoso em se tratando de Copa América, onde a Celeste Olímpica é sempre um problema. A Celeste junta, sob o comando do interminável Oscar Tabarez, alguns jogadores e nomes consagrados, como Suarez, Cavani, Lodeiro, Stuani, Muslera e o capitão Godin. Outro grande destaque da Celeste é o meia De Arrascaeta, agora jogador do Flamengo. A equipe desponta como principal favorita a primeira vaga do grupo, mas uma combinação dos uruguaios em segundo e os argentinos em primeiro poderia botar o quente clássico platense nas quartas de final. Como em qual quer edição, é uma das favoritas ao título.
Equador
Antonio Valencia é o grande nome equatoriano
(Foto: AFP)
Comanda por Herman Dario Gomez, La Tri vem para essa Copa América com um time menos badalado do que outras equipes que já foram montadas pelos equatorianos. O grande nome do time segue sendo Antônio Valencia, jogador do Manchester United, mas o grande destaque técnico é outro Valência, o Enner, que joga no Tigres. Pode tanto surpreender quanto decepcionar e é uma incógnita, principalmente depois de resultados ruins em amistosos recentes. Pode até brigar pela terceira vaga, mas sai atrás de Chilenos e Uruguaios, na teoria, pelo menos.
Japão
Shibasaki é o grande nome do Japão
(Foto: Getty Images)
Os nipônicos possuem alguns jogadores interessantes, mas terão uma seleção mais “mista” nessa Copa América, contando com muitos jogadores do sub-23. Entre os destaques que virão ao Brasil, temos Shibasaki e Kawashima e Ueda, por sinal, os únicos jogadores acima de 23 anos no elenco. Basicamente, a ideia é preparar o time “olímpico” que jogará os jogos de Tóquio em 2020. Devido a organização tática da equipe, pode surpreender, mas a tendência é que a juventude faça com que os Samurais sejam engolidos por Chile e Uruguai, principalmente. O confronto com os equatorianos talvez seja mais aberto. A juventude pode ser o trunfo e o fracasso da equipe ao mesmo tempo, só o decorrer dos jogos dirá onde o Japão pode chegar.
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