Por Lucas Paes
Maradona passando por Dunga no Maracanã: alguns lances de gênio, mas longe do título
(foto: Goal.com)
Diego Armando Maradona é um dos maiores jogadores da história do futebol. O argentino foi tão importante para o futebol de seu país que ganhou até religião própria e os Albicelestes o consideram maior que Pelé. Em 1989, Maradona veio com a Argentina para a Copa América, no Brasil, desfilando o seu talento no Serra Dourada e no Maracanã, e ficou mais marcado por um quase gol do que qualquer outra coisa.
A estreia do Pibe pela Albiceleste foi diante do Chile, no Serra Dourada, no dia 2 de julho. 40 mil pessoas viram Cannigia fazer o gol argentino diante do Chile, na magra vitória por 1 a 0. Dois dias depois, outra vez no Serra Dourada, empate sem gols contra o Equador. Neste jogo, Don Diego pouco fez e viu o Equador perder um pênalti. Cannigia teve um gol anulado.
Ai a Albiceleste ficou até o dia 8 sem jogar, voltando a entrar em campo novamente no Serra. O clássico diante do Uruguai foi pegado e Don Diego finalmente deu o ar da graça com uma bela jogada e uma assistência para Cannigia marcar o gol da vitória Albiceleste. A Argentina terminaria a primeira fase empatando sem gols com a Bolívia.
Com Enzo Francescoli no Serra Dourada
Saldo da primeira fase da Argentina na Copa América foi duas vitórias e dois empates, tendo marcado apenas dois gols e a defesa não sendo vazada. Apesar dos números baixos, a Albiceleste ficou em primeiro lugar do Grupo B, garantindo vaga na etapa decisiva.
Na fase final, Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai decidiriam o campeão jogando todos contra todos, levando a taça o time que fizesse mais pontos. A estréia, com superclássico entre Brasil e Argentina, começou ruim para Maradona e terminou péssima para os Hermanos. Logo nos momentos iniciais, El Pibe de Oro levou uma humilhante caneta de Romário. Depois, sem conseguir esboçar reação durante a partida, os argentinos levaram 2 a 0 do Brasil em um Maracanã abarrotado. Maradona pouco pode fazer diante do partidaço Canarinho.
Ai veio outro clássico, contra o Uruguai novamente, na preliminar do Brasil. Neste dia, o Uruguai abriu o placar em falha calamitosa da defesa argentina, que entregou o gol de graça para Sosa. A Albiceleste foi para cima tentar o empate e neste momento El Pibe de Oro quase marcou um gol histórico. Ao ver o arqueiro uruguaio adiantado, Maradona tentou do meio de campo, a redonda, traiçoeira e vadia como de costume, explodiu na trave e não entrou.
O lance genial de Maradona contra o Uruguai em pleno Maracanã
Quem marcou foi a Celeste Olimpica, que com outro gol de Sosa, fechou o marcador é o caixão argentino. O quase gol épico foi praticamente o cartão de despedida de Maradona, já que a Argentina fechou sua participação com um empate insosso sem gols com o Paraguai, onde Maradona nem jogou. Ao fim, por causa do saldo de gols (-4 contra -6 da Albirroja) a Albiceleste ficou na terceira colocação na competição, que foi ganha pelo Brasil.
Maradona terminou o torneio sem gols, dando uma assistência no campeonato. A Argentina, cambaleante, nem parecia o time que faria uma bela campanha na Copa do Mundo de 1990, na Itália. Don Diego ficou mais marcado pelo gol que nem ele e nem Pelé fizeram do que pelo torneio, onde Cannigia foi o grande destaque argentino.
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