Geraldão no FC Porto

Geraldão defendeu o FC Porto entre 1987 e 1991

Um dos maiores zagueiros-artilheiros da história do futebol brasileiro, Geraldo Dutra Pereira, o Geraldão, está completando 56 anos neste 24 de abril de 2019. Ele surgiu para o mundo do futebol em 1984, jogando pelo Cruzeiro, e logo em seguida foi para a Seleção, onde chamou a atenção e acabou sendo contratado pelo FC Porto, onde fez história.

Nascido em Governador Valadares, no estado de Minas Gerais, Geraldão chegou no Cruzeiro com 13 anos. Grande e bom marcador, o jogador já mostrava outras características que um zagueiro normalmente não tem: precisão no chute e facilidade de finalização. Isto fez com que o técnico do infanto-juvenil do clube, Osvaldo Rossi, tentasse colocá-lo de centroavante, em uma espécie de "novo Serginho Chulapa". Ele chegou a fazer gols na nova posição, mas logo pediu para voltar a jogar de zagueiro.

Com 17 anos, foi jogar em Doha, no Catar, mas logo voltou ao Cruzeiro e em 1984 foi lançado no time titular. Logo chamou a atenção de todos e assim que assumiu a Seleção Brasileira, depois da Copa do Mundo de 1986, Carlos Alberto Silva passou a dar chances para Geraldão com a camisa amarela. O jogador foi muito bem e acabou indo para o FC Porto, negociado por aproximadamente 1,3 milhões de dólares.

O zagueiro chegou à Europa já com o status de excelente cobrador de falta e fez questão de aprimorar a qualidade. No Porto, logo de cara, foi campeão do Mundial Interclubes em 1987. Ele recorda que, durante o tempo em que defendeu as cores dos Dragões, enfrentou os melhores jogadores do mundo na época.

“Posso dizer que já tive a oportunidade de enfrentar os melhores jogadores do mundo. Vou citar alguns: Maradona (ex-Napoli), Stoichkov (ex-Barcelona), Romário (ex-PSV), os irmãos Brian e Michael Laudrup (ex-Bayern de Munique e Barcelona, respectivamente), Hugo Sánchez (ex-Real Madrid), enfim. Foram tantos que até fica complicado falar qual foi o mais difícil. Mas são jogadores de muita história e que tinham bastante qualidade”, relembrou.

Uma das maiores frustrações da carreira de Geraldão foi o fato de ele não ter sido convocado para a Copa do Mundo de 1990. Isso porque, no ano anterior, o técnico da Seleção Brasileira era Carlos Alberto Silva e o zagueiro começava a ganhar espaço com a camisa amarelinha. Porém, com a troca no comando por Sebastião Lazaroni, o ex-cruzeirense acabou perdendo espaço e foi preterido no selecionado.

No final de janeiro de 1991 a direção do Porto, representada pelo presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, decidiu afastar Geraldão do plantel, alegando que ele se encontrava em negociação com o eterno rival Benfica. Um mês e meio após a decisão, o Porto encontrava-se em situação preocupante no Campeonato Português, pois perdera a liderança para o próprio rival. Foi então que Pinto da Costa solicitou a volta do zagueiro, que já se encontrava no Brasil, para a continuação do campeonato. O Porto sagrou-se campeão daquele ano.

Depois de sair do Porto, ao fim da temporada 1990/1991, Geraldão ainda defendeu o Paris Saint-Germain, da França, e o América do México. Ele retornou ao Brasil em 1993 para jogar no Grêmio. No mesmo ano, se transferiu para a Portuguesa, onde encerrou a carreira aos 30 anos de idade. “Senti que já era a hora de parar. Não me via mais jogando futebol”, contou.
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