O goleiro Félix na Portuguesa

Félix com um membro da Comissão Técnica da Lusa

Neste 24 de dezembro, um dos maiores goleiros da história do futebol brasileiro faria 81 anos se estivesse vivo. Félix Miélli Venerando, ou simplesmente Félix, o goleiro do título brasileiro na Copa de 1970, já como atleta do Fluminense, começou a carreira no futebol paulista e fez fama na Portuguesa de Desportos. Apesar de contestado por alguns, o arqueiro foi peça fundamental na campanha do Mundial, mas foi importante em vários momentos, principalmente no jogo contra a Inglaterra.

Mas Félix, que nasceu em São Paulo, começou no futebol nas categorias de base do Nacional e com 15 anos foi para o Juventus, onde se profissionalizou em 1953. Félix ficou no Moleque travesso até 1955, quando foi contratado pela Portuguesa, no dia 23 de julho de 1955. Sua estreia, porém, só veio acontecer no dia 26 de março de 1956, no Torneio Rio-São Paulo Internacional, pois Cabeção estava defendendo a seleção, e Félix jogou na vitória por 2 a 1 contra o Newell's Old Boys.

Com a saída de Cabeção em 1957, a Portuguesa contratou, no ano seguinte, o goleiro Carlos Alberto, que havia jogado no Vasco da Gama. Félix passou a treinar com os aspirantes e foi campeão paulista em 1957. Depois, foi emprestado ao Nacional, clube onde começou. Retornou à Portuguesa no final de 1960, a pedido do treinador Nena, e assim, finalmente, vestiu a camisa número 1 da Lusa. Foi titular absoluto de 1961 até 1963. De 1964 até 1968, Félix passou a revezar com Orlando, que havia sido contratado junto ao São Cristóvão.

Em 1964, a Portuguesa foi convidada para tomar parte nos eventos ligados à Feira Internacional de Nova York, e teve de enfrentar, em Massachusetts, uma seleção local. O time da Portuguesa era respeitável, com Ivair (o príncipe) e Henrique Frade, entre outros. O jogo estava tão fácil que, quando já estava 9 a 0, Orlando entrou no gol e Félix, em vez de deixar o campo, decidiu jogar no ataque. Após um cruzamento de Almir pela direita, Félix entrou na área e marcou o décimo gol. O jogo acabou 12 a 1.

Jogando pela Portuguesa, disputou quatro partidas pela Seleção Brasileira. Estreou no Estádio do Pacaembu, em 22 de novembro de 1965, defendendo a chamada "Seleção Azul" na vitória por 5 a 3 sobre a Hungria. Esta seleção era composta somente por jogadores de clubes paulistas, que neste dia jogou desta maneira: Félix, Carlos Alberto Torres, Djalma Dias, Procópio e Edílson (Geraldino); Lima e Nair; Marcos, Prado (Coutinho), Servílio e Abel. Félix também disputou a Copa Roca em Montevidéu, contra o Uruguai, entre 25 de junho e 1 de julho de 1967, em três empates (0 a 0, 2 a 2 e 1 a 1).

Sua despedida pela Portuguesa aconteceu no dia 3 de março de 1968, quando enfrentou o São Paulo e empatou por 0 a 0. Foi vendido para o Fluminense, no dia 20 de julho de 1968, um dia antes do aniversário de 66 anos da equipe, por 150 mil cruzeiros.Jogando pela Lusa, Félix participou de 305 jogos, com 147 vitórias, 71 empates e 87 derrotas, além de ter um gol marcado pelo clube rubro-verde.

No Fluminense, jogou até 1978, quando encerrou a carreira, com 40 anos. Depois ainda virou treinador e chegou a ser diretor técnico da Inter de Limeira em 2002. Com o tempo, Félix passou a sofrer de enfisema pulmonar e ficou internado no Hospital Vitória, em São Paulo, por 6 dias e faleceu às 7 horas do dia 24 de agosto de 2012, após várias paradas cardiorrespiratórias.
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