Ricardo Rocha no Santos FC

Por Victor de Andrade

Ricardo Rocha na estreia pelo Santos, contra o Sport, na Ilha do Retiro (foto: arquivo Santos FC)

Um dos maiores zagueiros da história do futebol brasileiro, principalmente na virada das décadas de 80 e 90, Ricardo Rocha ganhou a alcunha de 'xerife' por sua postura de respeito dentro de campo. O zagueiro teve grandes passagens por clubes como Guarani, onde apareceu para o cenário nacional, São Paulo e Real Madrid. Porém, em 1993, o defensor foi muito bem no Santos, apesar de ter ficado pouco tempo no clube.

Jogador do Real Madrid e titular da Seleção Brasileira que disputava as Eliminatórias da Copa do Mundo de 1994, Ricardo Rocha, que na época estava prestes a completar 31 anos, queria voltar ao Brasil e convenceu a diretoria merengue a emprestá-lo. E que poucos esperavam é que ele fosse anunciado pelo Santos.

Apesar de estar montando um forte time, através das contratações feitas pelo presidente Marcelo Teixeira, em sua passagem pelo clube, o Santos vivia uma das piores épocas de sua história, bem no meio da fila que durou entre 1984 e 2002. Então, a vinda de Ricardo Rocha para o Peixe foi uma surpresa, pois era um jogador titular da Seleção indo para o clube que não vivia um grande momento.

Ainda em meio à Eliminatória (até 1993, o qualificatório sul-americano para a Copa era realizado em um espaço curto, cerca de um mês, e as seleções se reuniam para disputá-la por completo, como em uma Copa do Mundo ou Copa América), Ricardo Rocha fez sua estreia pelo Santos na folga do Time Canarinho, contra o Sport, na Ilha do Retiro, em 7 de setembro de 1993. O Peixe venceu por 2 a 0, com gols de Zé Renato e Almir.

Ricardo Rocha, que ainda foi capitão da equipe, foi fundamental na boa campanha do Santos naquele brasileiro. O time foi segundo colocado do Grupo B da primeira fase, ficando atrás somente do Palmeiras. Aliás, o Verdão foi o campeão do Brasileirão de 1993 sofrendo apenas duas derrotas em toda a competição. As duas pelo Peixe.

O zagueiro, em volta com as convocações para a Seleção, que já se preparava para a Copa, e ainda por conta de umas contusões, acabou fazendo 15 dos 20 jogos do Peixe na competição, sem marcar gol. Por conta de suas atuações, Ricardo Rocha ganhou a Bola de Prata da Revista Placar, como um dos melhores defensores da competição. Ao fim do torneio, o Santos ficou em quinto na competição.

Para 1994, houve a troca da presidência do clube, saindo Marcelo Teixeira, que não tentou a reeleição, e entrando Miguel Kodja Neto. O Santos diminuiu o investimento em contratações e desmontou praticamente toda a equipe montada em 1993, devido aos altos salários. Entre as saídas, estava Ricardo Rocha, que acabou indo para o Vasco. Mas esta é outra história.
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