Eduardo Salvio – De “hincha” a “la cancha”

Por Lucas Paes 

Eduardo Salvio nas arquibancadas do Mineirão, em 2014, e um dos 23 para 2018

A Argentina não entrará em 2018 como uma das grandes favoritas ao título mundial na Rússia. Mesmo tendo o lendário Leonel Messi em seus quadros, os Albicelestes sofreram muito nas eliminatórias, com um roteiro digno de um tango de Gardel, porém com final feliz. Apesar disso, uma das histórias mais interessantes deste mundial vem dos Hermanos: Eduardo Salvio, o lateral que, da arquibancada em 2014, estará em campo em 2018. 

Não se trata exatamente de um caso parecido com o de Gabriel Jesus, destaque da nossa Seleção que em 2014 pintava as ruas do Jardim Peri, em São Paulo, mas a história de Salvio é interessantíssima. Já jogador profissional, Salvio estava no Benfica e pagou sua entrada para o mundial para assistir a Messi marcar um golaço de falta e a Argentina bater o Irã no Mineirão.

Mesmo fora da Copa de 2014, Salvio foi torcer pela Albiceleste

Toto, como é apelidado, não era sequer jogador famoso na época do mundial do Brasil, a Copa das Copas. Apesar de titular benfiquista, distava de ser cogitado entre os 23 que acabaram quase levando a taça no Maraca. Assim, ele usou seu dinheiro, entrou no sorteio e como muitos argentinos veio incentivar e fazer barulho em terras brasileiras, numa Copa que ficou marcado por um êxodo sul-americano incomparável às terras tupiniquins, o que foi, inegavelmente, um dos fatos mais legais daquele torneio. 

No instagram do jogador, uma das redes sociais mais utilizadas atualmente, é possível encontrar fotos dele, de sua esposa e de seus amigos no jogo diante dos iranianos. Segundo Eduardo, em entrevista ao canal TyC, é “muito louco” pensar que ele estava na arquibancada, cantando feito um maluco junto a torcida em 2014 e em 2018 ele estará recebendo este apoio dentro de campo.

Agora ele é um dos 23 convocados por Sampaoli para a Copa de 2018

Toto diz ser um cara durão e de poucas emoções, que sequer chorou mesmo quando seus filhos nasceram, porém, segundo o lateral, o momento de sua convocação para ir a Rússia o levou as lágrimas. Se em 2014 Salvio se esgoelava para apoiar a Messi, Lavezzi, Higuain, Di Maria e cia no Brasil, em 2018 ele estará sentido o apoio da “Barra Quilombera” dentro dos gramados da mãe Rússia. O quanto isso ajudará no desempenho de Salvio com a camisa albiceleste, só os jogos dirão. Mas inegavelmente, sua história já é uma das mais legais da Copa do Mundo de 2018.
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