Aposentar a camisa do craque é a homenagem certa?

Aposentar a camisa de craque sempre dá margem para discussão

Vez ou outra volta à tona uma antiga discussão, que é a aposentadoria da camisa do craque de futebol que fez história em seu clube, como forma de homenagear o atleta, perpetuando o número de sua camisa. Situação comum em outras modalidades, como o basquete norte americano, no futebol, esse debate teve início em 1974, pela aposentadoria do Rei Pelé do time do Santos que, na oportunidade, decidiu homenageá-lo, com a aposentadoria de sua lendária camisa 10.

Apesar de justa a homenagem, o clube se viu obrigado a “desaposentar” o manto sagrado, devido a uma exigência da Conmebol, que exigia a numeração das camisas de 1 ä 25, nas competições Sul-americanas, promovidas pela entidade.Por outro lado, o Cosmos, dos Estados Unidos, onde Pelé atuou de 1975 a 1977, aposentou em definitivo a camisa 10.

Principalmente, os mais antigos sabem que foi graças a Pelé que a camisa 10 passou a ser destinada aos principais jogadores das equipes. Mas, poucos sabem que a marca registrada teve início na Copa do Mundo de 1958, cujas inscrições foram feitas, aleatoriamente, pois a CBF esqueceu de mandar os números com a relação dos atletas e coube a Pelé receber a 10 e dar o peso a esse manto, que se mantém até os dias de hoje.

Além de Pelé, vários foram os exemplos desse tipo de homenagem, como o craque holandês Johan Cruyff, que vestiu a camisa 14 do Ajax por 12 anos, onde conquistou 19 títulos e o reconhecimento de o maior ídolo da história do tradicional clube holandês. Também Franco Baresi, na Itália, teve a camisa 6, o Milan, aposentada em sua homenagem. No Brasil, a camisa 11 de Romário, em 2007, por decisão do presidente Eurico Miranda não mais seria utilizada. Porém, com a eleição de Roberto Dinamite, no ano seguinte, essa medida acabou revogada e vem sendo utilizada até hoje.

Enfim, a discussão prossegue e cada um tem o direito de expressar sua opinião, e ter essa opinião respeitada. Eu, particularmente, sou contrário a esse tipo de homenagem e cito como exemplo o esquadrão santista da década de 60, considerado até hoje, como o maior de todos os tempos. Caso suas camisas também fossem aposentadas, como estaria hoje a numeração do time em competições oficiais?
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