Com ataque avassalador, Palmeiras comemora 20 anos de título paulista

Com informações do site oficial da Federação Paulista de Futebol

Um timaço com um ataque destruidor

2 de junho de 1996. Naquela data o Palmeiras recebeu o rival Santos, no antigo Palestra Itália e sacramentou o título do Campeonato Paulista. Com um ataque avassalador, o Palmeiras dos 102 gols como é conhecido, comemora 20 anos daquela conquista, que se consagrou como sinônimo de bom futebol aliado à efetividade.

Contando com 16 equipes, a competição foi disputada em jogos de ida e volta onde as duas melhores equipes de cada turno se classificariam para disputar as semifinais. Em caso de o mesmo time vencer os dois turnos, este seria proclamado o campeão do torneio.

Velloso; Cafu, Sandro, Cléber e Júnior; Amaral, Flávio Conceição, Rivaldo e Djalminha; Müller e Luizão. Essa era a base comandada por Vanderlei Luxemburgo que em 30 partidas conquistou 27 vitórias, dois empates e sofreu apenas uma derrota. Com um ataque que anotou 102 gols, o Palmeiras faturou o troféu com 83 pontos, 28 a mais que o segundo colocado na classificação final, o São Paulo.

Luxemburgo com seus comandados

Com média de 3,4 gols por jogo, não foi apenas o ataque palmeirense que se destacou. A defesa sofreu apenas 19 gols e foi a menos vazada do campeonato. Apesar do ataque altamente positivo, o artilheiro não foi do clube de Palestra Itália. Giovanni, ídolo santista, anotou 24 tentos e foi o goleador máximo. Luizão foi o atleta que mais balançou as redes pelo Palmeiras com 22 gols.

Naquela oportunidade, algumas goleadas marcaram a campanha do Palmeiras: 6 x 1 sobre a Ferroviária, 7 x 1 no Novorizontino, 8 x 0 diante do Botafogo e 6 x 0 sobre o Santos na Vila Belmiro. A única derrota daquele Palmeiras aconteceu pelo placar de 1 a 0, para o Guarani, em Campinas.

Zagueiro artilheiro - Daquela equipe que tinha um ataque rápido e envolvente, um jogador da parte defensiva chamou atenção. O zagueiro Cléber, o Clebão, marcou nove gols e foi um dos destaques do torneio. “O Palmeiras para mim é uma honra. Sou muito grato por ter atuado durante seis anos e três meses, ter marcado a minha história e ser ídolo dentro do clube. Foi um objetivo alcançado, com muita dedicação. Ter entrado na história significa muito para mim e para minha família até hoje”, comentou o defensor.

Cléber comemorando um de seus gols na competição

Cléber relembrou aquele Palmeiras. ”Na época, a diretoria e o Luxemburgo tiveram a competência de escolher as peças corretas. Eram atletas rápidos, com técnica diferenciada que se juntaram e em menos de um mês de treinamento já aplicávamos goleadas na pré-temporada. A imprensa via com desconfiança, pois eram equipes amadoras, mas quando a competição começou, vencemos jogos marcando 4, 5 e até 8 gols. Conseguimos fazer 102, como somos conhecidos até hoje”, citou.

O defensor lamentou o fato de muitos atletas terem deixado o Palmeiras na mesma temporada. “Se aquele time tivesse uma sequência, iríamos marcar nossos nomes ainda mais na história do Palmeiras. Tudo foi muito gratificante, pois mesmo anos depois, entramos para história do clube”, completou.

O jogo do título - Palmeiras e Santos se enfrentaram no dia 2 de junho de 1996, no antigo Palestra Itália. O alvinegro praiano tinha a missão de impedir que a taça permanecesse nas mãos alviverdes. Faltando apenas duas rodadas, os comandados de Luxemburgo tinham seis pontos a mais que seu rival. O que era difícil se tornou ainda mais complicado quando Luizão abriu o placar logo aos seis minutos, anotando o centésimo gol do Palmeiras no Paulista. Na segunda etapa, o zagueiro Cléber anotou mais um tento e decretou o título.

Rivaldo e Djalminha eram os maestros da equipe

Ficha Técnica

PALMEIRAS 2 X 0 SANTOS FC

Data: 2 de junho de 1996;
Local: Estádio Palestra Itália – Parque Antártica - São Paulo-SP
Público: 27.000 pagantes;
Renda: R$ 302.115,00;
Árbitro: Oscar Julian Ruiz (COL);
Assistentes: Epitácio Pinheiro Rodrigues (SP) e Ednílson Corona (SP);

Cartões amarelos: Galeano, Amaral, Djalminha, Luizão, Júnior (Palmeiras), Narciso, Baiano, Giovanni, Gallo, Macedo (Santos) – Cartão vermelho: Edinho (Santos);

Gols: Luizão, 6' do 1ºT; Cléber 23' do 2ºT;

Palmeiras: Velloso; Cafu, Sandro, Cléber e Júnior (Elivélton); Galeano, Amaral (Marquinhos), Rivaldo e Djalminha; Müller e Luizão - Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Santos: Edinho; Cláudio, Sandro, Narciso e Marcos Adriano; Gallo, Baiano, Jamelli e Robert (Camanducaia); Macedo (Nando) e Giovanni - Técnico: Orlando Lelé.

Melhores momentos do jogo do título

Confira a campanha do Palmeiras:
Palmeiras 6 x 1 Ferroviária
Novorizontino 1 x 7 Palmeiras
Palmeiras 3 x 0 Mogi Mirim
União São João 0 x 0 Palmeiras
Palmeiras 4 x 1 Juventus
São Paulo 0 x 2 Palmeiras
Palmeiras 3 x 1 Portuguesa
Corinthians 1 x 3 Palmeiras
Palmeiras 3 x 1 Guarani
Araçatuba 1 x 2 Palmeiras
Palmeiras 4 x 1 Rio Branco
Botafogo 0 x 8 Palmeiras
Palmeiras 6 x 0 América
Santos 0 x 6 Palmeiras
Palmeiras 4 x 0 XV de Jaú
Ferroviária 1 x 5 Palmeiras
Palmeiras 4 x o Novorizontino
Mogi Mirim 1 x 2 Palmeiras
Palmeiras 5 x 0 União São João
Juventus 1 x 5 Palmeiras
Palmeiras 3 x 2 São Paulo
Portuguesa 1 x 2 Palmeiras
Palmeiras 2 x 2 Corinthians
Guarani 1 x 0 Palmeiras
Palmeiras 3 x 1 Araçatuba
Rio Branco 1 x 2 Palmeiras
Palmeiras 4 x 0 Botafogo 
América 0 x 1 Palmeiras
Palmeiras 2 x 0 Santos
XV de Jaú 0 x 1 Palmeiras
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