Foto: Alê Vianna / CA Juventus
Estádio Conde Rodolfo Crespi
O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo (Conpresp) aprovou, nesta segunda-feira, dia 1º, uma mudança importante no tombamento do estádio Conde Rodolfo Crespi, a tradicional Rua Javari. A partir da alteração, o gramado deixa de ser obrigado a manter vegetação natural, permitindo oficialmente a instalação de grama sintética — algo que o Juventus pretende implementar ainda neste mês. A informação foi dada em primeira mão pelo jornalista Demétrio Vecchioli, no portal Metrópoles.
Até então, a resolução exigia a “preservação da volumetria, dimensões e tipo de forração vegetal”. Com a nova redação, o texto passa a incluir a possibilidade de “forração vegetal ou sintética”. Também foi adicionada uma cláusula que autoriza intervenções relacionadas à conservação da cobertura (natural ou artificial) e das estruturas de drenagem e irrigação do campo.
A mudança só entra em vigor após publicação no Diário Oficial, mas, na prática, libera a SAF do Juventus para seguir com o projeto de modernização do gramado. O clube já havia removido a grama natural nas últimas semanas para reformar o sistema de drenagem e nivelar o campo. A intenção da SAF era aproveitar a obra para instalar o novo gramado sintético, o que antes esbarrava na proteção legal do tombamento.
No pedido encaminhado ao Conpresp, a arquiteta responsável argumentou que o gramado natural tem alto custo de manutenção e instabilidade física e biológica, impactando desempenho esportivo e segurança dos atletas. Já o sintético seria mais durável, estável, sustentável e com menor risco de lesões. Ela também afirmou que a grama natural é “incompatível com a operação moderna de arenas esportivas urbanas”.
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