Foto: Clever Felix

Pablo Thomaz é carregado nos ombros após marcar dois gols na virada do Tsunami contra Audax na Série A2 de 2024
O futebol é cheio de histórias que desafiam a lógica, e o Maricá Futebol Clube sabe bem disso. No próximo sábado (09), o Tsunami entra em campo em Goiás com uma tarefa hercúlea: reverter a derrota por 2 a 1 sofrida no jogo de ida contra a Aparecidense e avançar para a terceira fase da Série D do Campeonato Brasileiro. Não será fácil, mas também não será a primeira vez. O torcedor que acompanha de perto a curta caminhada do clube sabe que esse time já virou confrontos difíceis antes e em momentos decisivos. O discurso de que “é possível” não é apenas motivacional. É factível.
Um dos exemplos mais marcantes dessa história recente veio na semifinal da Série A2 do Campeonato Carioca do ano passado. O Tsunami havia perdido o primeiro duelo para o Audax por 1 a 0 em Moça Bonita e precisava vencer no estádio João Saldanha. O jogo de volta foi eletrizante, digno de roteiro cinematográfico. Em uma batalha intensa, o azul, branco e vermelho venceu por 4 a 3, com o gol da classificação marcado por Pablo Thomaz aos 54 minutos do segundo tempo. O estádio explodiu em emoção, e o time mostrou que sabe lidar com momentos de pressão.
Herói da partida, Pablo Thomaz também carrega na memória aquele jogo no João Saldanha e usa esse momento como combustível para a partida deste sábado. “Foi uma semana em que a gente deixou um pouco a brincadeira de lado. Levamos mais a sério, sabendo da importância daquela partida. Eu fui abençoado com os dois gols que nos classificaram. E agora vamos seguir o mesmo padrão daquela semana que a gente teve contra o Audax. É hora de mais trabalho, de concentração. Sabemos da qualidade da equipe da Aparecidense, mas a gente já conseguiu reverter uma vez. Então, não é nada que seja impossível”, afirmou o atacante maricaense.
Maricá F.C é o time da virada - Outra situação similar ocorreu nas oitavas de final da Copa Rio do ano passado. Após empatar em 2 a 2 com a Portuguesa-RJ no jogo de ida em Maricá, a equipe foi até o estádio Luso-Brasileiro precisando de uma vitória para seguir vivo. O cenário se complicou com um gol da equipe adversária, mas o Tsunami manteve a cabeça no lugar, virou a partida e garantiu a classificação com um triunfo por 2 a 1. O gol decisivo saiu dos pés de Walber, em cobrança de pênalti, aos 15' do segundo tempo.
“A gente sabe que começar um jogo atrás é sempre complicado, é sempre difícil. Esse jogo foi especial para a gente, um jogo de Copa Rio, um jogo difícil contra um grande adversário que era a Portuguesa, onde a gente teve a oportunidade de virar o jogo e sair classificado. E é tudo o que a gente tem que fazer agora contra a Aparecidense. A gente já viu que é uma grande equipe, mas a nossa equipe também está bem preparada. Se a gente entrar bem concentrado, bem equilibrado e sabendo o que podemos fazer, temos tudo para virar e sair classificado de campo”, afirma o meia, o jogador mais antigo do elenco e uma das lideranças do grupo.

O técnico Reinaldo também confia na força do elenco e no histórico recente do clube como fator motivacional para o duelo decisivo. Para ele, a chave está na concentração e na entrega. “A gente sabe das dificuldades, sabe que o adversário tem qualidade e experiência. Mas também sabemos da nossa capacidade. Esse elenco já provou que cresce em momentos assim. Nosso foco é total. Já superamos situações complicadas antes e temos condições de fazer isso de novo”, destacou o treinador do Tsunami.
Essas vitórias heroicas fazem parte da identidade construída pelo Maricá F.C. nos últimos anos. Um clube jovem, sem grandes estrelas, mas com um grupo unido, com espírito coletivo e com a crença de que nada está perdido. Contra a Aparecidense, neste sábado, às 16h, o técnico Reinaldo, os jogadores e a torcida sabem que será necessário fazer um jogo perfeito. Mas não é a primeira vez que o impossível bate à porta. Em solo goiano, a equipe maricaense não entra em campo apenas para disputar uma vaga. Entra para fazer história.
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