Os 24 anos do título mundial de 2000 do Corinthians

Com informações do Corinthians
Foto: arquivo

Rincón levantando a taça de campeão do mundo

Dia 14 de janeiro de 2000. Um dia incomum para um jogo de futebol, uma sexta-feira. O que não fez diferença nenhuma para a Fiel, que voltou a invadir o Rio de Janeiro em ônibus, carros ou aviões. Naquela data, o mundo conheceu o primeiro campeão da história do Mundial de Clubes da FIFA. Um planeta pintado de preto e branco, comandado pelo Todo Poderoso Timão. Corinthians campeão mundial pela primeira vez na história.

Na preparação entre o último jogo da primeira fase e a final do Mundial de Clubes da FIFA, o Corinthians teria um tempo recorde de descanso na competição. Foram quatro dias de concentração total para a decisão do torneio, que seria realizada no Maracanã. O adversário, o Vasco da Gama. O cenário que poderia se formar era de um jogo fora de casa, com quase a torcida toda a favor do mandante. Mas nesse momento histórico, a Fiel estaria mais junta do que nunca com o Timão.

O Rio de Janeiro e o Maracanã foram novamente palcos da Invasão Corinthiana, como em 1976. Dos 73 mil torcedores presentes na final do Mundial de Clubes da FIFA de 2000, 30 mil eram corinthianos. Com um estádio quase meio a meio, o Timão entrou em campo seguro de que não faltaria apoio das arquibancadas.

Muitos torcedores têm tantas lembranças da cobrança de pênaltis na memória que talvez até esqueçam de que aconteceu um jogo naquela noite. A partir das 20h, foram 120 minutos de muita tensão.

Da escalação do Corinthians naquela noite, Índio voltava à lateral direita, substituindo Daniel, suspenso após ser expulso contra o Al Nassr. Na zaga, João Carlos, que havia jogado toda a primeira fase, ficou fora por conta de uma lesão e foi substituído pelo experiente Adílson. Dida, Fabio Luciano, Kleber, Vampeta, Rincón, Marcelinho, Ricardinho, Edílson e Luizão completaram a equipe titular.

Foi uma partida sem muitas grandes chances de gol. No primeiro tempo, o Corinthians chegou ao ataque com um chute de Luizão bloqueado pela defesa do Vasco, aos 14, e um chute de Marcelinho dentro da área defendido pelo goleiro Helton, aos 37. Pelo lado vascaíno, Edmundo bateu e Adílson desviou para fora.

O confronto foi ganhando ares dramáticos até pelas condições da equipe corinthiana. Os jogadores vinham de uma temporada de 1999 intensa, que só havia terminado no dia 22 de dezembro, com o tri brasileiro.

Foram poucos dias de descanso entre o Brasileiro e o Mundial, e a maratona cobrou o preço no preparo físico dos jogadores. Ricardinho, por exemplo, depois de sentir uma lesão contra o Al Nassr, chegou a ser dúvida para a final e teve de ser substituído por Edu no intervalo. Do outro lado, o Vasco vinha se preparando exclusivamente para o Mundial há muitos dias.

Por conta disso, o Timão passou a jogar com cautela, procurando segurar as investidas do time carioca, mas sem abdicar do ataque. Tanto que logo aos cinco minutos do segundo tempo, Edílson roubou a bola de um marcador do Vasco, invadiu a área e chutou cruzado, mas para fora. Rincón ainda arriscou um tiro de fora da área, sem sucesso, e a partida foi para a prorrogação.

Nos 30 minutos de tempo extra, o cenário foi o mesmo dos 90 minutos anteriores: um jogo truncado, sem grandes oportunidades. O grande lance corinthiano foi uma defesa difícil de Dida em uma cobrança de falta. O zero não saiu do placar, e o primeiro campeão mundial reconhecido pela FIFA sairia na cobrança de pênaltis.

Nesse momento, o corinthiano se encheu de confiança por ter Dida, na época, o maior pegador de pênaltis no futebol brasileiro. Na primeira cobrança do Vasco, o goleiro quase pegou o chute de Romário. A defesa viria na terceira batida vascaína, de Gilberto. O camisa 1 foi no canto direito e espalmou.


Rincón, Fernando Baiano – que entrou no lugar de Edílson na prorrogação –, Luizão e Edu converteram quatro cobranças do Corinthians. A última e decisiva ficou a cargo de Marcelinho, exímio batedor de pênaltis, que, por sua via, foi surpreendido pelo goleiro Helton, que teve a primeira chance como titular do Vasco no Mundial de Clubes da FIFA.

As esperanças da conquista do então inédito título estavam todas nas mãos de Dida. Mas o goleiro nem precisou defender a última cobrança do Vasco. Edmundo chutou para fora, decretando a vitória do Corinthians. O mundo do futebol tinha um novo dono: o Todo Poderoso Timão.
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