20 anos sem Leônidas da Silva, o Diamante Negro

Com informações da CBF
Foto: arquivo

Leônidas da Silva foi um dos grandes da história

Em 24 de janeiro de 2004, Leônidas da Silva nos deixava aos 90 anos de uma história lendária no futebol, à época marcado pela insipiência. O atacante é um dos primeiros craques e ídolos do Brasil e seu legado permanece vivo até os dias de hoje. Nesta quarta-feira (24), sua partida completa 20 anos.

Com a Amarelinha, Leônidas disputou 38 partidas, com 21 vitórias, oito empates e nove derrotas e marcou 38 gols, detendo a média de um gol por jogo. Ele jogou as Copas do Mundo de 1934 e 1938 e venceu a Copa Rio Branco em 1932 e a Copa Roca em 1945.

Nascido no Rio de Janeiro em 6 de setembro de 1913, o carioca de São Cristóvão iniciou sua carreira no futebol profissional em 1930 brilhando pelo Bonsucesso, clube da Zona Norte da cidade e cujo estádio leva o nome de Leônidas. Pelo Leão da Leopoldina, não ganhou títulos, mas se eternizou ao popularizar um movimento de difícil execução: a bicicleta. O gesto até hoje pode ser associado à genialidade de Leônidas.

Após o Bonsucesso, ele foi contratado em 1993 pelo Peñarol, uma das grandes equipes do futebol uruguaio e sul-americano. A transferência evidencia o pioneirismo de Leônidas, já que atuar no futebol exterior era um fenômeno raro para os atletas brasileiros no período.

No Uruguai, atuou por uma temporada e retornou ao Brasil para jogar no Vasco. Com o Cruzmaltino, levantou a taça do Campeonato Carioca de 1934, o primeiro título de sua carreira, e conquistou a convocação para a Copa do Mundo de 1934, na Itália. A Seleção Brasileira não esteve bem e foi eliminada pela Espanha por 3 a 1. Leônidas foi o autor do único gol brasileiro na Copa e já demonstrava seu papel de protagonista para o Mundial seguinte.

Em 1935, chegou ao Botafogo, equipe pela qual se sagrou campeão do Campeonato Carioca de 1935. De General Severiano, Leônidas se transferiu para a Gávea, em 1936. No Flamengo, ele se tornou um dos ídolos do clube e apresenta a melhor média de gols da história, com 153 bolas na rede em 149 partidas. Foi com a camisa rubro-negra que Leônidas foi convocado para a Copa do Mundo de 38 e ganhou o Campeonato Carioca de 1939 e o Torneio Rio-São Paulo de 1940.


No Mundial disputado na França, Leônidas liderou a Amarelinha até o terceiro lugar, posição inédita para o país até então, e foi eleito o melhor jogador da Copa, além de ter sido o artilheiro com oito gols. Foi nos gramados franceses que ganhou a alcunha de "Diamante Negro", apelido que o acompanhou no restante de sua carreira e vida. A popularidade de Leônidas foi tamanha que uma marca de chocolates decidiu criar, em homenagem ao atacante, uma barra de chocolate, produto que permanece à venda até hoje.

O São Paulo foi o próximo destino de Leônidas, na transferência mais cara entre clubes sul-americanos para a época. No Tricolor do Morumbi, atuou em 212 partidas, com 144 gols, sendo o oitavo maior artilheiro da história. Com o uniforme são-paulino, ele foi pentacampeão do Campeonato Paulista (1943, 1945, 1946, 1948 e 1949) e tricampeão da Taça dos Campeões Estaduais Rio de Janeiro-São Paulo (1943, 1946 e 1948).

Em 1950, o Diamante Negro se aposentou, com um legado eterno para o futebol brasileiro e mundial.
←  Anterior Proxima  → Inicio

0 comentários:

Postar um comentário

O Curioso do Futebol

O Curioso do Futebol
Site do jornalista Victor de Andrade e colaboradores com curiosidades, histórias e outras informações do mundo do futebol. Entre em contato conosco: victorcuriosofutebol@gmail.com

Twitter

YouTube

Aceisp

Total de visualizações