40 anos do roubo da Taça Jules Rimet

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

O local onde a taça era exposta

Um dos roubos que causou mais comoção no Brasil ocorreu na noite do dia 19 de dezembro de 1983, quando levaram a Taça Jules Rimet, troféu conquistado na Copa do Mundo de 1970. O roubo aconteceu no prédio da CBF na Rua da Alfândega, 70, no centro do Rio de Janeiro.

A taça tinha muito valor, mas não pelo dinheiro, mas sim por trazer um “orgulho” para a nação brasileira. Com o roubo, acabou mexendo com o sentimento de todos no país e acabou tendo uma repercussão internacional, com a imprensa e a população pressionando em busca de respostas.

A Polícia levava o caso com apenas um simples furto, mas com toda a repercussão, a Polícia Federal assumiu o caso e começou as investigações, em busca de resposta. O mundo estava de olho no caso, pois era a segunda vez que a taça era roubada, a primeira vez ocorreu em Londres, em 1966.

O assalto teve um mentor, que foi o Sérgio Peres Ayres, conhecido como “Sérgio Peralta”, e era gerente do banco Agrimisa, que trabalhava com seguros e tinha acesso ao prédio da CBF como representante do Atlético Mineiro, fato que foi negado pelo clube. 

Porém, precisava de mais gente para ajudá-lo no assalto e, por isso, convidou seu amigo, que convivia com ele em um buraco, o Antônio Setta, o “Broa”, mas que por conta do apelo emocional com a taça acabou recusando o convite.

Peralta não desistiu do seu plano e convidou outro amigo, Francisco Rivera, conhecido como “Chico Barbudo”, que aceitou a proposta. Além disso, Chico colocou outro amigo na parada, o Luiz Vieira da Silva, o Luiz Bigode.

Com o grupo formado para o roubo, Peralta começou a fazer os planos e desenhou o mapa do prédio e Chico Barbudo tentou entrar no prédio como jornalista, tentando “entrevistar” o presidente Giulite Coutinho, mas acabou não conseguindo ter sucesso. 

Mas o grupo não desistiu da operação, e às 21h do dia 19 de dezembro, Chico e Luiz invadiram mascarados no prédio da CBF, renderam o vigia, João Batista Maia, de 55 anos. Os dois conseguiram a chaves das salas e conseguiram levar a Taça Jules Rimet. Sérgio Peralta estava esperando os companheiros do lado de fora, pronto para fuga, que acabou terminando com sucesso. 

O roubo só foi solucionado no ano seguinte, depois de muita pressão da mídia e da população, pois a Polícia estava confusa com o caso. Broa, o primeiro a receber o convite para participar do assalto, acabou avisando os polícias sobre Peralta, que não deram muito importância no primeiro momento, mas depois começaram a pensar na possibilidade.


Peralta foi achado andando pelas ruas do Rio de Janeiro e foi levado pela polícia, o ladrão afirmou ter sido torturado para falar sobre o roubo. Sérgio acabou falando dos dois comparsas, o Luiz e o Chico. Luiz foi preso, e falou que não foi torturado, já Chico também foi encontrado e também disso que não sofreu com a polícia, mas afirmou que os polícia roubaram 2,5 quilos de jóias de ouro. 

O caso estava quase fechado, mas a polícia ainda estava atrás do quarto suspeito, que é quem ficou com a taça. Tiveram em certo momento uma suspeita, mas não conseguiram chegar em uma solução. A Taça na época valia 18 milhões de cruzeiros, o que representa atualmente R$ 189 mil.
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