Ratomir Dujković dirigindo a Seleção Venezuelana entre 1992 e 1995

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Dujkovic quando treinador

Seja antes da separação ou depois, com os países que a formavam, a Iugoslávia sempre foi um país que respirava o futebol de maneira intensa. A equipe acabou não conseguindo ao longo de sua história nenhum grande título (hoje, se ainda estivesse junta, provavelmente conseguiria), mas revelou diversos bons jogadores e treinadores ao longo de sua história. Nos anos 1990, já no meio da guerra que separou o país, eles exportaram diversos treinadores para o futebol sul-americano, entre eles Ratomir Dujković, que está completando 77 anos e dirigiu a Venezuela entre 1992 e 1995.

Durante a carreira de jogador, Dujković foi um bom goleiro que marcou sua história principalmente devido a ótima passagem pelo Estrela Vermelha. Atuou ainda pelo Real Oviedo, pelo NK Osijek e pelo Galenika Zemun antes de pendurar as luvas, no ano de 1983 e começar sua trajetória como treinador já no seu último clube, naquele mesmo ano. Passou por alguns clubes e seleções antes de chegar a Venezuela.

Ratomir foi recomendado a Viño Tinto por dois compatriotas que haviam passado pelo futebol venezuelano durante suas carreiras de jogador. Além de tudo, era um período onde treinadores iugoslavos passaram por diversos times e seleções sul-americanos, incluindo Dušan Drašković, que esteve na Seleção do Equador e chegou a treinar o Bragantino, em 1994. O que ajudava também, é que o ex-goleiro falava fluentemente o espanhol. 

Como era de se esperar, o trabalho no time venezuelano não foi fácil e as derrotas, como é comum até hoje no time grená, foram mais comuns que as vitórias. Porém, Dujković teve diversos pontos positivos em sua passagem pelo time venezuelano. Primeiro, auxiliou a equipe a subir 29 posições no ranking da FIFA e principalmente fez uma campanha bastante digna na Copa América de 1993, empatando dois jogos, com Uruguai e Estados Unidos e fazendo com que a equipe terminasse fora da última colocação depois de muito tempo.


Acabou deixando a Seleção Venezuelana em 1995, deixando o cargo antes da Copa América daquele ano, que foi realizada no Uruguai, e passando a ir treinar a não menos alternativa seleção do Myanmar. A carreira de Dujković como treinador ficou muito marcada já nos anos 2000, quando classificou a seleção de Gana para a Copa do Mundo de 2006, onde levou o time até as oitavas de final, quando perderam para o Brasil. 
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