Foto: Silvio Luiz / A Tribuna
O Rei Pelé atuando no CT Rei Pelé
Recentemente, o mundo do futebol e, é claro, principalmente o Santos Futebol Clube foram afetados de maneira imensurável pela partida do Rei do Futebol, Pelé, desta vida. Em 1996, quando o Santos inaugurou o campo principal do seu CT, com um treino coletivo festivo no dia 27 de fevereiro, o maior de todos os tempos atuou na partida e apesar dos 55 anos na época, mostrou boa forma, marcou dois gols e foi depois homenageado em vida com o local sendo batizado de CT Rei Pelé.
A história do centro de treinamento santista começa na primeira gestão de Marcelo Teixeira, quando o clube adquiriu o terreno junto a Prefeitura de Santos e a Companhia das Docas do Estado de São Paulo, a Codesp. O Peixe "reformou" o CT ao mesmo tempo em que treinava no espaço poliesportivo que ali existira anteriormente. Finalmente, a obra foi totalmente concluída em 1996.
Naquele 27 de fevereiro, o treino do time do Santos contou com a presença ilustre de Pelé, o que tornou o coletivo praticamente um jogo festivo. Mesmo aos 55 anos, o Rei do Futebol mostrou categoria e vigor físico ainda muito bons, jogando muito bem desde o começo, com movimentações e boas jogadas dignas de sua majestade dentro das quatro linhas. Na época, boa parte do elenco vice-campeão do Brasileirão de 1995 estava em campo, incluindo destaques como Jamelli e Giovanni.
Um dos lances mais marcantes foi quando o Rei, que já havia mostrado seu bom futebol, acertou um lindo peixinho na trave. O gol veio quando ele aproveitou um lançamento, dominou no peito e não teve dó do filho Edinho, tocando na saída desesperada do goleiro para as redes e comemorando bastante junto ao bom número de torcedores que se fez presente naquele dia. Ainda deu tempo de marcar mais um, de pênalti, e mandar recado para o treinador da Seleção Brasileira, Zagallo, afirmando que "estava voltando".
Ao fim do jogo, numa solenidade, foi revelada a placa que marcou aquele momento. Na época, Pelé declarou que o objetivo tinha que ser a renovação: "criar os novos Pelés, Zicos, Túlios, Romários". Que era isso que o Santos precisava fazer, "começar a preparar em casa". Pouco depois, o clube batizou o local como CT Rei Pelé. Desde então, o CT do Santos segue de pé, recebendo renovações, mas sendo ainda uma parte essencial da estrutura do alvinegro.
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