A histórica passagem de Jorge Mendonça pelo Guarani

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Jorge Mendonça atuando pelo Bugre

Um dos vários bons nomes de ataque que surgiu no futebol brasileiro entre os anos 1970 e 1980, o carioca Jorge Mendonça teve uma carreira de muito destaque num país que na época tinha campeonatos nacionais ainda muito fortes. Integrante da Seleção Brasileira que foi até a Copa do Mundo de 1978, Jojô Beleza, como era apelidado, passou por diversos clubes ao longo da carreira. Um dos pedaços de maior destaque de sua carreira foi a boa passagem pelo Guarani no início da década de 1980.

Jorge chegou ao Bugre vindo em negociação com o Vasco da Gama, clube pelo qual passou durante o ano de 1980. Na época, chegou a um clube que sempre almejava feitos grandes, já que o Guarani era uma das maiores forças do país. Curiosamente, porém, jogaria a Taça de Prata, equivalente a Série B, em 1981, já que a classificação ao nacional funcionava via campeonato estadual. Rapidamente, caiu nas graças dos torcedores devido aos gols e boas atuações com a camisa alviverde.

Artilheiro nato, Jorge Mendonça rapidamente começou a marcar seus gols com a camisa bugrina. Foi muito bem em todo o final do ano de 1980, onde ajudou o Guarani na disputa do Paulistão, apesar do time campineiro não ter feito grande campanha naquele ano. Não devido a falta de esforço de Jorge, que logo que chegou já se tornou o artilheiro do time e pegou para si a posição de centro-avante, fazendo uma dupla infernal com o jovem Careca. 

No ano seguinte, além de ajudar numa ótima campanha bugrina no Paulistão, onde o time ficou com a quarta posição, foi artilheiro do Guarani na Taça de Prata, antiga Série B, que acabou com o título alviverde. Marcou 11 gols ao longo da competição. Aquele séria seu único título vestindo a camisa do Bugrão, no que é considerado uma das grandes conquistas da história do time campineiro. Foi também artilheiro do Paulistão, com incríveis 38 gols, totalizando quase 50 naquele ano.


Em 1982, perderia espaço para Careca na artilharia do time, mas continuaria marcando seus gols. No Brasileirão, a dupla com o futuro craque do Napoli e do São Paulo foi extremamente eficaz, já que Careca terminou como artilheiro do time com 18 gols e Jorge fez 13, numa equipe que foi semifinalista e acabou derrotada pelo campeão Flamengo. Acabou pulando o muro ao final do ano e indo jogar na Ponte Preta, arquirrival bugrina.

Jorge manteve sua ligação com o Guarani e chegou a participar de projetos com o clube após o fim de sua carreira profissional dentro dos gramados, faleceu aos 51 anos em 2006 devido a problemas cardíacos que se arrastavam já há alguns anos. Com 88 gols, é o oitavo maior artilheiro da história do Guarani. 
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