Com informações da AA Flamengo
Foto: Cláudio Herrera / AA Flamengo
Presidente do Flamengo de Guarulhos, Caio Soler
Uma frustrante eliminação logo na Primeira Fase do Campeonato Paulista da Quarta Divisão. Assim terminou o complicado ano do Flamengo de Guarulhos em 2020 e fez com que o sonho de ver o Corvo de volta à Série A-3 do Paulistão fosse novamente adiado pelo torcedor.
Presidente do Flamengo, Caio Soler falou das extremas dificuldades que o ano de 2020 trouxe para o clube e sobre os resquícios que a pandemia ainda deixará neste ano que, para ele, ainda não voltará à normalidade.
“Foi um ano bem difícil, um ano totalmente diferente de tudo o que tínhamos vivido até então. Iniciamos a montagem do elenco e tivemos que parar, pouco tempo de preparação e, principalmente, praticamente nenhuma receita. Sem contar os inúmeros protocolos exigidos que encareceram demais a competição. Quanto ao calendário desse ano ainda não temos definição, mas, infelizmente, não acredito que ocorra normalmente, mudanças devem acontecer de novo”, lamentou o presidente.
Desde que caiu à última divisão estadual em 2017, o Flamengo fez a pior campanha, sendo eliminado na Primeira Fase. Em 2018, o Corvo chegou a Terceira Fase do Campeonato Paulista. Já no ano seguinte, foi eliminado na Semifinal, uma fase antes do acesso, pelo Paulista, que viria a ser o campeão.
“No futebol não existe fórmula exata. Sabíamos das nossas dificuldades, da nossa realidade financeira, mas isso não pode servir de desculpa. Cuidamos da nossa estrutura, montamos um time qualificado, porém, por uma combinação de fatores, não alcançamos nossos objetivos”, disse Caio Soler.
No início do ano, o Flamengo, através do seu Departamento de Marketing, mudou o escudo e o uniforme. A mudança, principalmente do escudo, que sempre gera polêmica pelo conservadorismo, até foi bem aceita pelos torcedores, segundo o próprio Diretor de Marketing, Lucas Bricker.
“A ideia é mostrar para o torcedor que o clube está se movimentando. Essa novidade faz com que os torcedores venham cada vez mais próximos e queiram participar junto. Mudar o escudo não é mudar a história do clube, essa história é de glórias, é um time tricampeão paulista, mas é sempre bom inovar, acompanhar a modernidade. O clube precisa adquirir novos torcedores, eles precisam conhecer o Corvo. Tivemos uma aceitação maior do que imaginamos, cerca de 90%”, disse Lucas Bricker.
Mais mudanças e busca de apoio - Uma velha discussão, e que voltou à tona com a mudança do escudo, foi a possível mudança também do nome do time, já que faz alusão ao tradicional Flamengo do Rio de Janeiro, já que a fundadora do clube, Guiomar Pereira Xavier, era carioca e torcedora do Rubro-Negro. Caio Soler entende que, em alguns momentos, o nome atrapalha a conseguir alguns investimentos, mas garante que não haverá mudança no nome do Corvo.
“Pode-se dizer que em alguns momentos atrapalha, sim. Mas a história de um clube com 66 anos de glórias e títulos tem que prevalecer e ser respeitada. Queremos criar uma identidade própria e aproximar o torcedor, mas sempre como Associação Atlética Flamengo Guarulhos”, comentou o presidente.
“A história do Flamengo não pode mudar, foi fundado por uma carioca. Já existe um clube com o nome de Guarulhos e nunca fez parte da proposta do Flamengo mudar de nome. Outro exemplo é o Botafogo de Ribeirão Preto, não pode se chamar Ribeirão Preto só pela cidade”, acrescentou Lucas Bricker.
Uma das grandes dificuldades do time para a conquista de novos patrocinadores era a visibilidade. Com a transmissão dos jogos ao vivo por streaming, através da FPFTV/Mycujoo, o presidente Caio Soler comenta que se tornou um facilitador na busca de empresas que queiram exibir a marca na camisa do time.
“Isso ajuda muito. Ainda temos muito a avançar nesse sentido, mas estamos no caminho certo. Essa é uma ferramenta que vem crescendo muito e faz com que consigamos ter uma visibilidade muito maior da nossa marca”, finalizou Caio Soler.
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