O dia em que Ronaldo foi ainda mais Fenômeno

Foto: divulgação Fifa

Ronaldo já era chamado de fenômeno e confirmou a alcunha na final de 2002

No dia 30 de junho de 2002, a Seleção Brasileira sagrava-se pentacampeã mundial. O Brasil derrotou a Alemanha por 2 a 0 no Estádio Internacional Yokohama, em Yokohama, no Japão. Quase 70 mil pessoas assistiram à vitória e à conquista da Seleção Brasileira sob comando de Felipão. Os dois gols da final saíram no segundo tempo: Ronaldo, o fenômeno, abriu o placar aos 22 minutos e fechou aos 32.

Desde quando surgiu nos profissionais do Cruzeiro, antes de completar 17 anos, em 1993, Ronaldo já chamava a atenção, tanto que fez parte do elenco campeão mundial em 1994, convocado por Parreira, apesar de não ter entrado em campo. Mas, por causa disto, a Raposa não conseguiu resistir à investidas econômicas dos clubes europeus e vendeu a joia para o PSV.

Na Holanda, o talentoso centroavante ganhou massa muscular e também problemas em seu joelho. Antes de ser negociado para o Barcelona, em 1996, sofreu uma cirurgia. Mas no clube Catalão virou um atacante gigante, tornando-se o melhor do mundo. Virou cobiça de todo mundo e a Inter de Milão o levou para o futebol italiano, na época o mais forte do planeta, em 1997.

Na Inter, logo de cara, virou o Fenômeno. Fez uma boa primeira temporada na terra da bota, mas depois disto começaria um carma. Às vésperas da final da Copa do Mundo de 1998, quando já era o maior jogador, teve uma convulsão, mas, mesmo assim, entrou em campo e viu a Seleção Brasileira ser derrotada pela França.

O ciclo seguinte de Copa do Mundo para Ronaldo foi terrível! Ainda foi campeão da Copa América de 1999, mas diversas lesões no joelho, a mais séria delas em um jogo contra a Lazio, em 2000, voltando a jogar depois de um período afastado, fizeram com que Ronaldo atuasse muito pouco nestes quatro anos.

Ronaldo era olhado com descrédito, mas o técnico Luiz Felipe Scolari resolveu arriscar e levá-lo para a Copa. No último amistoso preparatório, contra a Malásia, ele marcou. A partida daí, ele deslanchou. Empatou o jogo na estreia contra a Turquia, que depois o Brasil virou, marcou um dos quatro gols contra a China, fez dois nos 5 a 2 contra a Costa Rica, mais um nos 2 a 0 contra a Bélgica e passou em branco na virada de 2 a 1 contra a Inglaterra.

Porém, nos dois últimos jogos, foi fundamental, mesmo com um incômodo muscular. Para todos esqueceram da lesão, fez um corte Cascão no cabelo, fez o gol da vitória contra a Turquia, colocando o Brasil na decisão, e na final venceu o então "terror" Oliver Kahn e marcou os dois gols do título contra a Alemanha.

Depois de tudo o que passou, aquele 30 de junho de 2002 foi especial para Ronaldo. Foram quatro anos terríveis, desde a convulsão na final de 1998 e as diversas lesões. Com tudo isto, a artilharia da Copa e os gols do título confirmaram: ele era mais que um fenômeno!
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