Juan Ramon Verón no Panathinaikos

Por Lucas Paes 

Verón fez sucesso pelo Panathinaikos (foto: divulgação Panathinaikos)

Antes de La Brujita, que ainda assombra pesadelos cruzeirenses pelos quatro cantos do Brasil e por todos os cantos do mundo, antes de 2009, existiu um time lendário do Estudiantes nos anos 1960 e 1970. Neste time, figurava La Bruja, pai de Juan Sebastian Verón, o habilidoso meia-atacante teve seu estrelato no Estudiantes, mas teve passagem em outros times. Em 1972, na metade do ano, após 10 anos vestindo a camisa Pincharrata, Verón desembarcou na Grécia e foi jogar no Panathinaikos. 

Um dos dois titãs gregos, o Panathinaikos possui muito mais títulos no basquete do que no futebol, onde é o time com mais conquistas talvez da Europa inteira. Mas, naquele momento, no ano de 1972, o PAO tinha ainda a espinha dorsal do time que chegou a final da Liga dos Campeões, entre eles o infernal artilheiro Antoniadis, que foi o maior goleador do futebol europeu em 1971. 

Treinado pelo lendário Ferenc Puskas, Verón chegou e rapidamente se tornou uma das referências do time. Porém, Verón deu o azar de entrar num time histórico, de certa forma, que entrava em declínio. Chegou ao alviverde de Atenas junto a Araken De Melo, para reforçar a equipe e tentar de novo ocasionar outra bem sucedida excursão por terras europeias. A final da Liga dos Campeões ainda era recente na memória do torcedor do Panatha.

Em sua primeira temporada, formou um trio de ataque avassalador com De Melo e Antoniaidis. O Panathinaikos ficou na liderança da Liga Grega até a vigésima primeira rodada, quando acabou ultrapassado pelo arquirrival Olympiakos. Em sua primeira temporada pelo clube, Verón ajudou com 12 gols nas campanhas europeia e principalmente na Liga Grega. Na Liga dos Campeões, o PAO decepcionou e caiu na primeira fase.

Na sua segunda temporada, também não conseguiu o título nacional. Mais uma vez foi bem no ataque, marcando outros 9 gols na liga, sendo 10 no total da temporada. Porém, Verón acabou vendo o título ficar de novo com o Olympiakos. Após duas temporadas, 57 jogos, 22 gols e um lugar no coração do torcedor do Panathinaikos, Verón acabou retornando a América do Sul, para jogar na Colômbia. 

Apesar de não conquistar títulos, Verón é até hoje considerado um dos maiores jogadores a atuar pelo Panathinaikos. Gigante na história alviverde, fez parte de um time que encantou a Grécia e que infelizmente não obteve grande sucesso em campos europeus. Mas, na terra dos Deuses antigos, Hécate, a deusa da magia da Grécia, abençoou a bruxa Verón para que se tornasse um ídolo nas cores verde e branca. Ainda que sem títulos.
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