Caso Sanchez coloca na mesa o quanto o futebol anda carente de pessoas compromissadas

Por Lula Terras

Carlos Sanchez estaria punido? Se sim, Santos será prejudicado (foto: Ivan Storti/Santos FC)

Logo após terminada a partida no Estádio Libertadores de América, em Avellaneda, na Argentina, entre o Santos FC e o Independiente, que ficou no 0 a 0, veio à tona uma denúncia formulada pela agremiação argentina, que o atleta Carlos Sanchez jogou irregularmente e, portanto, passível de o Santos ser declarado perdedor, com um placar adverso de 3 a 0 para a equipe adversária, conforme consta no regulamento. Caso haja essa confirmação, a situação ficará difícil para os santistas, que precisarão se desdobrar no próximo jogo, que acontece na terça-feira, dia 28, no Pacaembu. 

Caso a Conmebol que já anunciou o início da investigação do caso, entenda que não existe irregularidade, caberá ao Santos a vitória simples para ficar com a vaga para as quartas-de-final da Libertadores. Se der empate sem gols, a disputa deverá acontecer nos pênaltis, e empate com gols, a vaga fica com o time argentino, assim como a vitória do Independiente, a vaga fica para eles. 

Independentemente do que decidir a entidade que rege o futebol sul-americano, uma situação fica bem clara. O quanto o futebol que, ainda é o maior esporte do mundo, está carente de pessoas capacitadas e compromissadas em gerí-lo. Seja no comando das Federações e Confederações, como nos clubes, onde ainda predomina o amadorismo e o abuso financeiro. 

Não dá para analisar a atuação da Conmebol neste caso, sem criticar sua total desorganização, que foi comprovada pela ação de internautas que conseguiram acessar o site da entidade e descobriram documentos, a ficha do Sistema COMET, um programa da Conmebol, para conferência de suspensões, que mostra a liberação do atleta de qualquer suspensão, desde o dia 24 de maio de 2018. Ao invés de acessar seus arquivos e dar um ponto final da questão, os responsáveis pela Conmebol decidiu abrir investigação e colocar mais lenha na fogueira, nesta batalha de bastidores, que se caracteriza como o que existe de pior no futebol, o Tapetão. 

Por outro lado, a atuação dos dois clubes também é merecedora de reparos, ainda mais, se tratando de clubes tradicionais, onde se soma 11 títulos de campeão da Libertadores, sendo oito pelos argentinos e três do Santos. Peca o Santos, por não tomar as medidas necessárias para evitar este tipo de contratempo e fica à mercê da ação de uma outra agremiação que faz uso do famigerado Tapetão para se garantir na tentativa de buscar seu nono título continental. 

Por seu lado, o Independiente, que mostra sua verdadeira face, que é vencer, mesmo que seja fora das quatro linhas, não anunciou qualquer medida punitiva, para um grupo de torcedores flagrados, fazendo gestos racistas em direção aos santistas, que estavam no estádio. Ao invés da ameaça de ir a Conmebol cobrar punição esportiva, como ameaçam os dirigentes do Santos, eles devem denunciar sim, na Polícia e até a órgãos internacionais, cobrando uma punição exemplar dos culpados, pelo crime.
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