Por Victor de Andrade
Túlio com a camisa do Timão: um semestre, 16 gols e o banco de reservas
Um dos artilheiros mais irreverentes do futebol brasileiro, Túlio Maravilha balançou muitas redes pelo mundo afora e aproveitava-se disso para colocar seu estilo falastrão diante dos microfones. O goleador, que está com 48 anos e não pendurou as chuteiras totalmente (deve jogar a Série C do Rio de Janeiro pelo Atlético Carioca), teve mais de 30 times na carreira e um deles foi o Corinthians.
Revelado pelo Goiás, onde foi artilheiro do Brasileirão em 1989, Túlio foi para o Sion, da Suíça, já na primeira metade da década de 90. Em 1994, voltou para o Brasil e foi jogar no Botafogo, onde teve o seu auge, sendo artilheiro do nacional nos anos de 1994 e 1995, sendo que neste último foi a grande estrela do título do Fogão, o levando para a Seleção Brasileira.
Túlio comemorando o gol com os companheiros de time
Depois de um 1996 abaixo dos anos anteriores, o Botafogo resolveu negociar sua principal estrela e aí apareceu o Corinthians com um grande parceiro: o Banco Excel Econômico. A instituição financeira fez uma parceria com o Timão e passou a bancar alguns reforços para o clube em 1997 e o grande nome seria Túlio Maravilha.
A contratação de Túlio Maravilha pela dobradinha Corinthians e Excel Econômico tinha uma grande estratégia de marketing. O banco anunciava que dava 12 dias sem juros no cheque especial e quem seria a estrela disso? O centroavante, que passou a usar a camisa 12 do Timão. Parecia que tudo ia dar certo para a equipe do Parque São Jorge, o que, até de certa forma, deu. Mas o atacante acabou sendo o perdedor da história.
Ninguém pode reclamar que ele não fazia seus gols. Pelo contrário! Porém, seu estilo de centroavante "paradão" na área não casava com o que o técnico Nelsinho Baptista queria para o seu time, que dizia que ele não tinha se entrosado com o parceiro de ataque, Mirandinha. O Corinthians, para solucionar a situação, buscou Donizete, que foi o grande parceiro de Túlio no Botafogo, mas o que acabou acontecendo é que o goleador foi para o banco de reservas e Donizete e Mirandinha passaram a formar a dupla de ataque da equipe.
Treinando com Neto
Com dois jogadores rápidos na frente, o time corintiano deslanchou e acabou conquistando o Campeonato Paulista. Porém, mesmo no banco de reservas, Túlio Maravilha foi o artilheiro da equipe no certame. Mas como ele mesmo não queria ficar na lista de suplentes, mudou de equipe e acabou indo para o Vitória, que também tinha uma parceria com o Excel Econômico.
Túlio Maravilha ficou seis meses no Vitória e acabou voltando para o Botafogo em 1998, que, por incrível que possa parecer, também fechou acordo com a instituição financeira. Depois, como todos sabem, rodou o mundo em busca dos mil gols. Porém, quando se pergunta qual o maior arrependimento da carreira, ele diz que é não ter dado certo no Corinthians, onde fez 16 gols.
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