A decepção da Espanha na Copa de 1962

Por Lucas Paes 

A Seleção Espanhola de 1962: craques naturalizados e decepção na competição

A Seleção Espanhola vem de uma campanha decepcionante na Copa do Mundo. Campeões em 2010, os espanhóis acabaram eliminados na primeira fase em 2014, engolidos pela Holanda de Robben, Sneijder e Van Persie e vencidos pelo frenético Chile. Mas esta não foi a única decepção dos hispânicos em mundiais, já que em 1962 o time fez uma das campanhas mais vexatórias de sua história. 

Depois de ficar fora de dois mundiais seguidos, a Espanha voltou em 1962 tendo um time espetacular. Numa época em que ainda era permitido jogar por duas seleções diferentes na carreira, em algo que foi definido as vésperas do mundial, os espanhóis tinham em seu time nomes como Di Stefano e Puskas. Gento e Luis Suarez, brilhantes em Real Madrid e Internazionale, respectivamente, também completavam o quarteto de grandes destaques da Fúria.

Foram duas derrotas e uma vitória na primeira fase

A Fúria foi a Copa depois de disputar a classificação contra o Marrocos, após eliminar o País de Gales na eliminatória europeia. A estreia de La Roja foi diante da Checoslováquia, uma das favoritas, em Viña del Mar, no dia 31 de Maio. Sem contar com Di Stefano, lesionado, os espanhóis acabaram derrotados por 1 a 0, gol de Styibrani. A derrota levava a Espanha ao desespero, o time precisaria derrotar o México de qualquer jeito para sonhar com a vaga. 

Atuando novamente em Viña del Mar, no dia 3 de junho, contra o México, a Fúria pressionou, tentou e acabou marcando apenas nos momentos finais. Gento, ídolo madridista, cruzou na área e Peiró marcou o gol da vitória que deixava a Espanha viva no Mundial. Com o empate entre Brasil e Tchecoslováquia, três seleções lutariam por duas vagas na última rodada. 

Quatro dias depois, novamente no Estádio Sausalito, o atual campeão, Brasil, entrou em campo sem Pelé, o Rei do Futebol, para enfrentar uma Espanha desesperada. Sentido a ausência do Rei, a Seleção Brasileira sofreu pressão dos espanhóis, que pularam na frente aos 35’, em gol de Rodriguez. A pressão da Fúria foi intensa e o segundo gol parecia questão de tempo, mas a bola teimava em não entrar. Até de pênalti os espanhóis reclamaram em um lance na área.

Contra o Brasil, a desclassificação na fase de grupos

Passando por maus bocados, o Brasil contou com a sorte, quando o abençoado Amarildo, substituto de Pelé, deixou tudo igual após cruzamento rasteiro do lado esquerdo do campo, aos 27’. O gol da vitória canarinha veio de novo com Amarildo, que marcou de cabeça e destroçou o sonho espanhol, mandando a Fúria de volta para a casa. 

Com a surpreendente vitória do México para cima da Checoslováquia, a Fúria ficou na lanterna do grupo, perdendo para os latinos no saldo de gol. Com dois pontos ganhos e saldo negativo de um gol, a Espanha terminou a Copa apenas na frente do Uruguai (outra decepção do torneio), da Colômbia, da Bulgária e da Suiça na classificação geral, ficando no 12º lugar entre 16 times. Uma das piores campanhas dos espanhóis, junto a 1966, 1978 e, é claro, 2014, talvez a maior decepção da história da Fúria.
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