Nonato no Fluminense

Por Lucas Paes 

Depois de sete anos de Cruzeiro, Nonato chegou ao Fluminense em 1998

Um dos maiores ídolos do Cruzeiro, o lateral potiguar Nonato, nascido em 23 de fevereiro de 1967, chegou ao Fluminense em 1998. Após sete anos e mais de 360 jogos no Cruzeiro, ele chegava a um Tricolor que vivia um dos piores momentos de sua história, vindo de dois rebaixamentos seguidos, um deles evitado por uma virada de mesa. Aquele ano marcaria o terceiro.

O começo do ano do Fluzão já mostrou que as coisas não seriam fáceis. Na Copa do Brasil, depois de passar pelo ABC de Natal, o Tricolor das Laranjeiras acabou eliminado em pleno Maracanã pelo Paraná, perdendo por 2 a 0. No Rio-São Paulo, os cariocas acabaram eliminados na primeira fase, ficando em terceiro lugar num grupo com Flamengo, São Paulo e Santos, a frente apenas do rival rubro-negro. O estadual daquele ano foi um capítulo a parte. O título terminou com o Vasco, que venceu os dois turnos, e o Flu fez campanha irregular, apesar do segundo lugar na Taça Rio. Porém, o certame ficou marcado pelos baixos públicos e por jogos vencidos por W.O. 

Para a Série B, chegou o campeão do mundo de 1994 Branco, já ídolo nas laranjeiras. Esperava-se que os tricolores fizessem uma campanha ao menos regular. Nonato era titular da equipe, revezando com Branco, que por vezes jogava no meio de campo, mas pouco pode fazer para evitar a tragédia. Com uma campanha pífia, conseguindo vencer a primeira partida apenas na sexta rodada, diante do Joinville, fora de casa, os cariocas acabaram rebaixados a Série C. Após duas vitórias, três empates e cinco derrotas, o Nense ficou na 19ª colocação, amargando o pior vexame de sua história.

Fluminense rebaixado para a Série C de 1999

Apesar de péssima campanha, Nonato ainda permaneceu mais algum tempo nas Laranjeiras. Jogou o Campeonato Carioca e a Copa do Brasil de 1999 pelos tricolores, marcando inclusive um gol, no estadual, diante do Madureira, no Maracanã. Deixou o clube o clube ao fim da Taça Rio, indo ao Etti Jundiaí (atual Paulista). Por coincidência, o Fluminense voltou a 'respirar', ganhando a Série C em 1999 (e é bom lembrar da 'ajuda' que tiveram com a Copa João Havelange, voltando à elite sem passar pela Série B).

Nonato fez 54 jogos com a camisa tricolor e marcou três gols. Números que não seriam ruins para um lateral, não fosse é claro o fato dele estar no time que passou a maior vergonha da história do Fluminense, na pior época de toda a história tricolor. Depois do Etti Jundiái, ele ainda rodou o mundo da bola e encerrou a carreira em 2002, no América de Natal.
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Um comentário:

  1. Fala Tiago! A matéria é ótima, Nonato é um dos poucos que merecem alguma menção honrosa naquele time de 98. Sempre se mostrou profissional. A única correção é que ele não disputou vaga com o Branco até porque o "tetra" só chegou no últimos jogos fazendo um gol contra a Juventus-SP e como a camisa 10. Nonato merecia ficar para o Brasileiro de 99 (c) Mas sua saída abriu espaço para a efetivação do Flávio (LD) e empurrando o Paulo Cesar para lateral esquerda posição que o o levou para seleção brasileira! Por fim que haja mais matérias como essa, apesar de os resultados do fluminense nesse período serem desastrosos, tivemos bons jogadores que apesar de tudo honraram a camisa do fluzão.

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