De quarta força à conquista - Sete vezes Corinthians no Brasileirão!

Por Victor de Andrade

Jô comemorando: um dos grandes nomes corintianos na conquista
(foto: Rodrigo Gazannel / Agência Corinthians)

A noite de quarta-feira, dia 15, foi de festa na Arena Corinthians, localizada em Itaquera, na cidade de São Paulo. O Timão venceu o Fluminense por 3 a 1 e conquistou, merecidamente, o Campeonato Brasileiro de 2017, o sétimo de sua história. Um título que parecia ser conquistado mais facilmente do que foi, mas, mesmo assim, ainda veio com três rodadas para serem jogadas.

A conquista só veio a coroar o belo 2017 do Corinthians. Com Palmeiras e Santos na Libertadores e o São Paulo se reforçando com nomes como Lucas Pratto, logo o Timão foi taxado de quarta força paulista no início do ano. Porém, o que se viu ao longo do ano foi um time sólido, bem montado e com alguns jogadores que foram decisivos em momentos importantes.

Uma bola dentro da diretoria do Corinthians foi efetivar Fábio Carille como treinador. Conhecedor do elenco, e membro importante da Comissão Técnica da equipe quando Tite era o treinador, ele já tinha dado mostras de seu potencial quando assumiu o time em algumas ocasiões. Porém, em 2016, não confiaram nele e quase deram com os 'burros n'água'. Em 2017, até por problemas financeiros, decidiram mantê-lo e tiveram sucesso.

Corinthians também conquistou o Paulistão

Veio o Campeonato Paulista e o Corinthians, com o esquema sólido montado por Carille conquistou a competição atropelando em todos os clássicos. Aliás, aqui começa a aparecer uma das importantes peças do Timão: Jô. O centroavante, que vinha desacreditado desde a Copa de 2014, mostrou que estava recuperado e, no time que o revelou, fez um grande ano, sendo decisivo em jogos importantes. Pode se afirmar que Jô, atualmente, está, no mínimo, atuado no mesmo nível que os jogadores convocados para a Seleção que atuam nos clubes brasileiro.

Chegou o Campeonato Brasileiro e o Corinthians fez um primeiro turno impecável. Se não era um time que enchia os olhos do torcedor com jogadas plásticas, era um time forte taticamente e com muita velocidade, que sabia envolver o adversário com trocas de passe e movimentação. Com um aproveitamento de incríveis 83%, o Timão terminou a primeira metade do Brasileirão invicto.

O comentário era de que o Corinthians dificilmente iria perder o título. Um dos poucos que disseram que a situação poderia se inverter foi o treinador do Grêmio, Renato Gaúcho. Ele dizia, claramente, que o time paulista poderia despencar. Aliás, o Tricolor do Rio Grande do Sul, naquele momento, era o segundo colocado e dizia-se que era a única equipe em condições de tirar o título do Timão. Porém, o Grêmio foi se aproximando das finais da Libertadores e meio que deixou o Brasileirão de lado.

Fabio Carille teve competência à frente da equipe

Porém, Renato até teve certa razão. O Corinthians no segundo turno foi apático em várias situações, os defeitos da equipe começaram a aparecer e de invicto passou a ter seis derrotas. Alguns candidatos a atrapalhar os planos do Alvinegro começaram a aparecer, principalmente Santos e Palmeiras, que chegaram a se aproximar. O Alviverde chegou a ter a esperança de diminuir a diferença para três pontos e com um Derby a se fazer.

Mas aí veio dois aspectos: o primeiro foi a incompetência dos rivais. Tanto Santos como Palmeiras perderam pontos preciosos, principalmente quando estavam para se aproximar do Timão. O Verdão, por exemplo, como escrevi acima, teve a oportunidade de diminuir a diferença para três pontos, jogando em casa contra o Cruzeiro, e apenas empatou.

O segundo ponto foi que quando 'a corda apertou no pescoço', o Corinthians tirou forças que parecia não ter mais e resolveu o Campeonato, vencendo o Palmeiras na Arena Corinthians e se aproximando a passos largos do título. E assim, o Timão conquistou sua sétima taça de Campeonato Brasileiro.

Para fechar, temos que comentar o papelão da Confederação Brasileira de Futebol. Este jogo era o único da rodada onde poderia sair o campeão. Então, por que não levar o troféu? Se o título não acontecesse, era simples: o guardava e levava novamente para a sede da entidade. Porém, a CBF gosta de estragar a festa do futebol brasileiro.
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