Roberto Rojas no São Paulo FC


O goleiro chileno Roberto Rojas era um dos melhores da posição na América do Sul na década de 80 e teve uma passagem com altos e baixos pelo São Paulo FC. Sua história no tricolor, como jogador, acabou no mesmo dia de sua carreira, no famoso caso da fogueteira do Maracanã. Mas depois ele ainda seguiria como preparador de goleiros e até treinador.

Rojas nasceu no dia 8 de agosto de 1957, em Santiago do Chile. Começou no futebol no time do Deportes Aviación, onde profissionalizou em 1976. Em 1983 foi contratado pelo Colo-Colo, onde virou ídolo da torcida e titular absoluto da Seleção Chilena.

Na Copa América de 1987, realizada na Argentina, Rojas chegou em seu ápice. Com grandes atuações, ajudou o Chile chegar à final da competição, quando perdeu o título para o Uruguai, com direito a uma goleada sobre o Brasil, por 4 a 0, ainda na primeira fase. Ele foi escolhido o melhor goleiro da competição por seu rendimento.

Rojas é o último em pé em um time com
Bernardo, Nelsinho, Raí, Müller e Edvaldo

Suas atuações, principalmente na partida contra a Seleção Brasileira, chamaram a atenção por estes lados e Roberto Rojas acabou sendo contratado pelo São Paulo FC, que já pensava em uma sombra para o goleiro Gilmar, até então titular incontestável do gol Tricolor, ainda no segundo semestre de 1987.

Rojas fez uma grande disputa pela titularidade na posição de goleiro do time do Morumbi. Apesar de ter barrado Gilmar algumas vezes, o gaúcho levou a melhor na maior parte das fases e o chileno acabou fazendo apenas 17 jogos com a camisa do São Paulo.

Mesmo sendo reserva de seu time na maior parte do tempo, Rojas ainda mantinha a titularidade na Seleção Chilena, onde jogou a Copa América de 1989, realizada no Brasil. Porém, sua carreira acabaria no dia 3 de setembro de 1989, no jogo entre a Seleção Brasileira e o Chile, pela última rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 1990.

O dia do foguete

O Brasil vencia a partida por 1 a 0 e para o Chile só o triunfo interessava para a classificação ao Mundial. No segundo tempo, um sinalizador foi jogado no campo por Rosenery Mello e Rojas simulou que foi atingido, cortando o seu supercílio com uma lâmina que estava escondida na luva. Os chilenos, no momento, pediu para a partida ser cancelada por falta de segurança e abandonou o Marcanã.

Depois, a farsa foi descoberta e a Fifa puniu o Chile com a eliminação naquela Eliminatória e proibindo a participação na seguinte. Rojas também sofreu: foi banido do futebol, não podendo mais atuar nem por seleção e nem por clube.

Na época, o próprio São Paulo FC foi solidário ao atleta, chegando a iniciar uma campanha para revogar a decisão. Depois, Rojas assumiu o cargo de preparador de goleiros do clube e chegou até a ser auxiliar e treinador do time principal. Depois ainda trabalharia no Ituiutaba, Guaraní do Paraguai e Comercial de Ribeirão Preto.
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