1993: o Bi Mundial do São Paulo FC

Foto: Arquivo Histórico/São Paulo FC

Comemoração dos jogadores do São Paulo com a taça

No dia 12 de dezembro de 1993, o São Paulo já era um time campeão do mundo: um ano antes vencera o temido Barcelona por 2 a 1, de virada. Para defender o título, o Tricolor teve que conquistar novamente a Libertadores (com a maior goleada até hoje já realizada em finais desse torneio, 5 a 1 sobre a Universidad Católica) e viajar mais uma vez para o Japão, onde nessa oportunidade enfrentaria o poderoso Milan.

Talvez muitos não acreditassem que o São Paulo poderia derrotar dois esquadrões do futebol no torneio mais importante disputado entre clubes. Certamente somente aqueles que não conheciam o trabalho de Telê Santana e a categoria e dedicação de jogadores como Zetti, Cerezo, Leonardo e Palhinha, dentre outros.

Com a bola rolando ficou claro que o time são-paulino não se intimidaria, apesar dos sustos e lampejos milanistas na área de defesa brasileira – chegaram a acertar o travessão aos 13 minutos da primeira etapa.


Sem nervosismo, o Tricolor tocou bem a bola. Não com o intuito de desperdiçar tempo: cada toque visava encontrar o companheiro melhor posicionado – e este nunca estava parado! Todos os jogadores buscavam o lance, fornecendo opção de jogo a quem detinha brevemente a bola, pois, caso não quisessem ouvir um berro do Telê, teriam que passá-la em no máximo dois toques.

E foi assim que nasceu o primeiro gol são-paulino, marcado por Palhinha: sem que nenhum adversário sequer tocasse na bola.

No segundo tempo, a equipe italiana partiu para cima logo de cara, a fim de não perder o controle do jogo e, aos três minutos, empatou com Massaro, depois de jogada que começou com uma cobrança de lateral e de um balão lançado para o atacante do Milan.

Ao Tricolor coube manter o mesmo esquema ofensivo e dinâmico que desestabilizava o time de Milão – que não via a cor da bola. Desta maneira, o São Paulo voltou a ficar à frente no placar, agora com Cerezo: e, novamente, os rubro-negros não conseguiram interferir na jogada.


Todavia, a esquadra adversária além de possuir ótima técnica, também era persistente. O desgaste dos tricolores, que correram a 100% em praticamente todo a partida, começou a pesar nos minutos finais. Aos 35 minutos, o Milan empatou novamente, desta vez com Papin em jogada área ensaiada.

Quando tudo parecia indicar a prorrogação da decisão, em 30 minutos a mais de um jogo em que os são-paulinos já tinham empenhado todas as forças, o destino se fez presente no lance mais crucial do confronto, selando a história para sempre: Müller, de calcanhar, magistralmente (para o azar do goleiro Pagliuca) definiu a vitória são-paulina aos 41 minutos.

Sem haver tempo para mais nada, todos os presentes no Estádio Nacional de Tóquio sabiam que o Campeão não perderia ali a coroa. O São Paulo Futebol Clube sagrou-se bicampeão mundial de clubes!
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