Fabinho Paulista - Movido por desafios no futebol brasileiro

Por Victor de Andrade

Fabinho Paulista defendeu o Santos do Amapá na Série D

Mato Grosso, Goiás, Paraíba, Sergipe, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Amapá. Um jogador que já passou pelo futebol de todos estes estados citados é, realmente, uma pessoa que não tem medo de encarar desafios no mundo da bola. Estamos falando do meia-atacante Fabinho Paulista, de 30 anos, que atualmente defende o Santos do Amapá, mas que já rodou todo o Brasil praticando a modalidade. 

Só neste ano, para vocês terem uma ideia, ele foi peça importante no Comercial de Campo Grande na primeira fase do Sul-Matogrossense, ajudou o Olímpia a escapar do rebaixamento no Paulista da A3, defendeu o Peixe da Amazônia na Série D do Brasileiro e ainda terá pela frente a Copa Verde e o Amapaense. 

Confira o bate-papo que tivemos com ele: 

O Curioso do Futebol - Para começar a entrevista, vamos falar de sua experiência. Você é um jogador que não “escolhe lugar para atuar”, um verdadeiro 'andarilho' da bola. Já jogou em times de Mato Grosso, Goiás, Paraíba, Sergipe, Paraná, Mato Grosso do Sul, Amapá, além, é claro, São Paulo. Por que preferiu que sua carreira fosse assim e o que isso ajuda nela? 

Fabinho Paulista – Graças a Deus! Tive a oportunidade de passar por esses estados e em todos os clubes que joguei pude fazer um bom trabalho e sou muito feliz por isto. Costumo dizer que sou movido a desafios e, na verdade, não escolhi que minha carreira fosse assim, de rodar o Brasil em busca do futebol. Os desafios foram aparecendo, fui aceitando e consegui ser feliz em boa parte deles. 

O Curioso do Futebol - Há muita diferença no futebol praticado entre estes estados? Há um lugar onde se joga mais ofensivamente e outro de forma mais defensiva? 

Fabinho Paulista – Claro que tem! O futebol brasileiro se diferencia um pouco de estado para estado. Tem lugar que é mais pegado, outros muito mais técnicos. Este ano pude sentir alguma diferença nesta questão, pois comecei o ano no Comercial de Campo Grande e o Mato Grosso do Sul tem um futebol mais corrido, não tanto pegado, mas dinâmico. Quando fui para o Olímpia, me deparei com um futebol mais técnico, de muita qualidade, que procura ficar mais com a bola no pé, cadenciando o jogo. Já aqui no Norte do país o futebol é mais pegado, mais corrido, de muita força e transpiranção, na verdade.

O Curioso do Futebol - O Santos do Amapá é o terceiro clube que defende no ano. Como foi a passagem pelo Comercial de Campo Grande, equipe que fez boa campanha na primeira fase, mas acabou caindo no mata-mata? 

Fabinho Paulista – No Comercial tive a oportunidade de iniciar a competição, onde fiz seis jogos. Costumo dizer que fiquei muito feliz, já que joguei no maior clube do estado, no meu ponto de vista. Estávamos bem na competição, o time estava vencendo, e eu vinha fazendo boas partidas. Vencemos o Sete de Dourados, fora de casa, por 2 a 0, onde fiz grande partida, e na sequência recebi a proposta do Olímpia.

No Cascavel, no ano passado

O Curioso do Futebol - Depois, você foi para o Olímpia, equipe que corria sério risco de rebaixamento na A3 Paulista, mas conseguiu uma boa sequência no fim, no momento quando você chegou, e conseguiu escapar da “degola” antes mesmo da última rodada. Como foi esta 'virada' no fim, com grande ajuda sua? 

Fabinho Paulista – Quando eu aceitei a proposta do Olímpia, me chamaram de louco. Saí de um time que brigava pela ponta do estadual e fui para outro que brigava contra o rebaixamento. Mas como eu disse, sou movido a desafios e aceitei, já que, naquele momento, estava querendo voltar a atuar no futebol paulista e ficar mais perto de minha casa. Apesar da situação da equipe na A3, eu tinha certeza que ia dar certo e graças a Deus foi o que aconteceu. Mantive minhas atuações, como estava sendo no Comercial, pude fazer grandes partidas e ajudei a equipe sair da zona de rebaixamento. Foi uma sensação única, como se conseguisse um título, ou até mais, já que a situação era complicada, mas conseguimos livrar o Olímpia da queda.

O Curioso do Futebol - Como foi que você chegou ao Santos do Amapá, um clube que domina o cenário estadual? 

Fabinho Paulista – Cheguei no Santos através do meu procurador, Cláudio Jatobá. Ele fez contato com o pessoal aqui do clube, entre eles o treinador Edson Porto, houve interesse de ambas as parte para que eu viesse para cá. Fui um novo desafio para mim, já que eu não esperava jogar a Série D por um time do Amapá, estava pensando que iria ficar em São Paulo, para atuar na Copa Paulista. Porém, o Olímpia decidiu não disputar a competição. Foi quando recebi o convite e, mais uma vez, aceitei um novo desafio.

O Curioso do Futebol - Muitos têm preconceito com o futebol do Norte do país, principalmente fora do Pará. Como é a estrutura do clube? Difere muito das outras regiões? 

Fabinho Paulista – Confesso que não esperava encontrar uma boa estrutura tão boa quando a do Santos, fui surpreendido positivamente! Não fica devendo nada para times de Série C do Brasileiro, por exemplo, até alguns da Série B. O clube tem diversos campos, tem um CT muito bom, com piscina, estrutura de fisioterapia, com tudo para que possamos render o máximo. O preconceito é que não são todos os clubes aqui da região que têm uma estrutura como a do Santos, por isto que alguns acabam não aceitando propostas daqui. Porém, o Santos dá todas as condições para que o atleta possa render o seu melhor.

Pelo Comercial de Campo Grande

O Curioso do Futebol - Qual a pretensão para o seu futuro? Pretende continuar no Santos do Amapá ou já tem alguma proposta para atuar em outro lugar, ainda nesta temporada? 

Fabinho Paulista – O futuro a Deus pertence! Porém, tenho contrato com o Santos até o final de outubro deste ano e pretendo cumprí-lo até o fim. A temporada para o time continua no segundo semestre e estou feliz aqui e a equipe vai se encaixar para a disputa do Estadual, que já começa no próximo mês, e da Copa Verde. Espero fazer uma grande campanha nas duas competições. O meu futuro sempre coloco nas mãos de Deus e deixo sob os cuidados do meu procurador Cláudio Jatobá e sempre quero jogar futebol.

O Curioso do Futebol - Agora, deixamos o espaço livre para você mandar sua mensagem. Muito obrigado pela entrevista.

Fabinho Paulista – Quero agradecer a oportunidade que vocês estão dando para falar sobre minha carreira e meu desempenho nesta temporada. Estou muito feliz com o que vem acontecendo, que Deus vem entregando nas minhas mãos e sou muito grato por tudo isto. Pretendo que continue assim e que eu termine o ano entragando título do Campeonato Amapaense para o Santos e, porque não, da Copa Verde. Um forte abraço e obrigado!
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