Dadá Maravilha e o Atlético Mineiro

Foto: arquivo Atlético Mineiro


Dario marcando o gol do título do Campeonato Brasileiro de 1971


Dario José dos Santos, mais conhecido como Dario ou Dadá Maravilha, está completando 73 anos neste 4 de março. Goleador nato, ele fez a alegria de várias torcidas durante a sua carreira. Porém, o clube em que ele mais se identificou foi o Atlético Mineiro, onde atuou em três oportunidades entre 1968 e 1979. Em 290 jogos, se tornou o segundo maior artilheiro do clube, ao marcar 211 gols.

Sua história no Atlético começa quando Jorge Ferreira, um diretor do Galo na época, viajou ao Rio de Janeiro na intenção de contratar o meio-campo Carlinhos e foi convencido por um bêbado que estava na porta do Maracanã a assistir ao jogo do Campo Grande, pois ele precisava de um artilheiro para concluir as jogadas de Carlinhos, e esse artilheiro só poderia ser Dario. Sem imaginar que seu futuro poderia ser definido aquela tarde, Dario entrou em campo e fez o seu habitual: marcou três gols e convenceu o diretor atleticano a levá-lo para Belo Horizonte.

No início, Dario não teve muito crédito no Atlético. Porém, ele acreditava que podia vencer no futebol e que a qualidade como jogador era uma questão de tempo e só precisava de alguém que acreditasse nele e estivesse disposto a treiná-lo. Foi motivo piada entre os outros jogadores do Atlético. O único que não riu de Dario, foi Ronaldo Drumond que acreditou em suas palavras.

Os treinadores Aírton Moreira e Fleitas Solich nunca lhe deram uma chance para jogar, nem como reserva. Foi com a chegada de Yustrich, em 1969, que Dario teve sua primeira grande chance no Atlético. Sob o comando do novo técnico, passou a ter treinos intensivos todos os dias, duas horas antes dos outros jogadores. Eram 150 cabeçada e pelo menos 200 chutes a gol por dia. Após provar seu grande potencial de goleador, Yustrich começou a levá-lo como reserva aos jogos. Entrou em dois jogos, um contra o Valério e outro contra o Tupi, faltando poucos minutos de jogo, com o Atlético perdendo nas duas situações e conseguiu reverter o placar, dando a vitória ao Galo. Dario conseguiu então ser titular do time, mas faltava jogar diante da torcida no Mineirão.

Foi para a Copa de 1970 como jogador do Galo

Não demorou muito para que sua fama de goleador se espalhasse. Foi quando nasceu Dadá Maravilha, Peito-de-aço, Beija-flor ou apenas Dadá. Fazia gol de qualquer jeito: de nuca, de bico, de testa e até parado no ar! As vaias que recebia viraram gritos de delírio da torcida ao ver Dadá entrar em campo. E sua fama se espalhou por todo o Brasil.

Foi o autor de um dos gols mais significativos da história do clube, no dia 19 de dezembro de 1971, na final do Campeonato Brasileiro contra o Botafogo no Maracanã. Além disso, foi artilheiro do clube em duas edições do Nacional: 1971 e 1972, com 15 e 17 gols, respectivamente.

Além desse grande fato, os Atleticanos não se esquecem dos retornos de Dario, o primeiro em 1974 e o segundo, já veterano, em 1979, para suprir a falta de Reinaldo contundido, e conquistar o bicampeonato Mineiro que terminaria só em 1983 com o hexacampeonato, maior seqüência em Minas Gerais na Era Profissional. Ao todo, passou por 16 clubes em 21 anos de carreira.
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