Viola no Valencia

Por Victor de Andrade
Foto: divulgação

Viola fez 30 jogos e 10 gols pelo Valencia. Não se acostumou com a cidade e voltou ao Brasil

Um dos maiores centroavantes do Brasil nos anos 90, Paulo Sérgio Rosa, o Viola, o "Artilheiro da Alegria", fez a festa de muito torcedor. Ídolo no Corinthians, com boas passagens por Santos, Vasco e Palmeiras, além de campeão do mundo com a Seleção Brasileira em 1994, o atacante, que completa 50 anos neste 1 de janeiro, teve uma passagem pelo Valencia, da Espanha, onde não se adaptou e voltou logo ao Brasil, na temporada 1995 e 1996.

Viola estava em alta no Brasil no primeiro semestre de 1995. Campeão do mundo com a Seleção Brasileira em 1994, na reserva do famoso ataque formado por Romário e Bebeto, ele vinha sendo presença constante nas convocações do técnico Zagallo após o Mundial. Além disto, foi um dos principais nomes do Corinthians campeão Paulista e da Copa do Brasil. Por tudo isto, vinha sendo cobiçado por vários times europeus.

Um dos times que saíram na frente foi o Valencia. Inclusive, o centroavante enfrentou o clube um pouco antes de ser contratado, em um amistoso com a Seleção Brasileira, onde quem brilhou foi outro goleador: Túlio. Mas, apesar desta partida, o time espanhol continuou com o interesse e o comprou do Corinthians por US$ 4 milhões, maior transação feita pelo clube até então.

Com seu jeito irreverente, logo foi apelidado pelos torcedores de Príncipe de Bel-Air, em referência à série The Fresh Prince of Bel-Air (transmitida no Brasil sob o nome de Um Maluco no Pedaço) pois, a exemplo do protagonista da atração, um rapper interpretado por Will Smith, vivia com um walkman nos ouvidos. Porém, sua passagem na Espanha não teve tanto sucesso.

Se você analisar somente os números, pode achar que Viola não foi mal no Valencia. Ele fez 10 gols em 30 jogos. Porém, não conseguiu se adaptar ao local, principalmente à gastronomia. O centroavante dizia que só se alimentava de bolachas, já que não gostou da comida, o que virou motivo de chacota no Brasil, já que a culinária valenciana é considerada uma das melhores do mundo.

O relacionamento com seus companheiros de time também não foi dos melhores. Viola bateu boca com o então capitão e ídolo valenciano Fernando Gómez e, por determinação do treinador Luis Aragonés, era o único atleta a não dividir quarto nas concentrações.

Por tudo isto, começou a "forçar a barra" para sair até que a Parmalat, então parceira do Palmeiras, resolveu comprá-lo e trazê-lo de volta ao Brasil. A negociação causou um certo desconforto de vários lados. Apesar de palmeirense na infância, Viola era ídolo do Corinthians e torcedores dos dois rivais não gostaram do fato. Porém, o centroavante foi para o Verdão, mas isto é tema para um outro dia.
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