CSA - De sem divisão para brigar pelo acesso à elite

Com informações do site oficial da CBF

O CSA é o atual vice-líder da Série B de 2018 (foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas)

Vice-campeão da Série D em 2016. Campeão da Série C em 2017. Vice-líder da Série B em 2018. Essa é a trajetória recente do Centro Sportivo Alagoano, que está a 19 jogos de conquistar o terceiro acesso consecutivo. O clube, que estava sem divisão em 2015, entrou em um processo de reconstrução e foi o primeiro clube de Alagoas a conquistar um título nacional. O renascimento do Azulão também foi coroado com um título estadual após 10 anos de seca. O sucesso dentro de campo é o reflexo de uma gestão que vai além das quatro linhas, como explica o presidente Rafael Tenório. 

"Quando assumimos o clube a situação era muito difícil. Era uma instituição falida, não tínhamos sequer uma conta bancária há 25 anos, folhas salariais atrasadas em 20 anos. Então tivemos que ser enérgicos no planejamento e conduzir o CSA como empresa. Nós aplicamos dois processos de gestão dentro do clube. Primeiro, para a instituição, nós aplicamos o processo de gestão empresarial, trabalho com performance, metas e planejamento. A outra forma foi a gestão compartilhada, que aplicamos dentro da equipe de futebol. Temos um grupo que vai desde o analista de desempenho, a comissão técnica, ao diretor de futebol e ao superintendente de futebol. Juntos nós discutimos aquilo que é melhor para o time, nada é decidido de forma individual. Em três temporadas fomos para cinco finais, saímos de clube sem divisão nacional para a Série B, conquistamos o Brasileiro Série C e tiramos o time de uma fila de 10 anos sem título estadual. Nossa meta é ser uma referência no futebol brasileiro e que dentro de mais 15 meses liquidaremos todo passivo trabalhista do clube", revelou o Presidente.

Participando pela primeira vez da Série B no formato moderno, o presidente também reiterou que o primeiro objetivo é alcançar os 45 pontos e, posteriormente, pensar no acesso. "Logicamente é um momento incrível, mas estamos focados no nosso primeiro objetivo que é atingir os 45 pontos e garantir a permanência. Em nosso primeiro ano de Série B dessa era moderna, temos que pensar primeiro em nos manter. Depois disso vamos seguir lutando para alcançar o segundo objetivo, que é o acesso. Nossa campanha supera as expectativas e eu costumo dizer que o céu é o limite para o CSA", completou Rafael.

No primeiro turno, o clube esteve presente no grupo dos quatro primeiros em 16 rodadas e busca manter a boa campanha para chegar a Série A do Campeonato Brasileiro. Em 19 jogos, o CSA-AL conseguiu nove vitórias, sete empates e apenas três derrotas. Entre os times do G-4, o Azulão foi o que mais empatou e o que menos perdeu. O time alagoano, inclusive, já está há 10 partidas invicto, sendo três vitórias e sete empates. O acúmulo de resultados iguais, no entanto, tem atrapalhado o clube a conseguir uma arrancada maior na competição e ultrapassar o Fortaleza.

Na avaliação do treinador Marcelo Cabo, a equipe fez um primeiro turno além das expectativas, porém precisa melhorar o aproveitamento jogando no Estádio Rei Pelé. Como mandante, o time conquistou 18 pontos, sendo cinco vitórias, três empates e duas derrotas. Em contrapartida, o retrospecto jogando longe de Alagoas tem sido bom. Foram 16 pontos ganhos, sendo quatro vitórias, quatro empates e apenas uma derrota. 

"Eu entendo que a gente fez um primeiro turno muito bom, acho que além da expectativa por ser o retorno do CSA a Série B. Sabemos que precisamos corrigir uma melhor perfomance em casa, acredito que a gente deixou alguns pontos que seriam possíveis conquistá-los. Então a gente precisa tentar não perder esses pontos que nos deixaria na competição com uma pontuação melhor. A equipe foi muito sólida no primeiro turno, o ponto forte da equipe foi a boa pontuação fora de casa e precisamos manter isso para o segundo turno. A questão do empate ela é ruim porque diminui o nosso número de vitórias na hora que tiver um confronto para uma vaga no final da competição, então a gente hoje está com uma vitória a menos que o Fortaleza justamente por ter muito empate. Estamos a três pontos do Fortaleza, mas com duas vitórias a menos", disse o treinador.

Uma das razões do sucesso do CSA-AL na temporada é o fato de manter a base que conquistou o Campeonato Brasileiro Série C no ano passado. Ao todo, nove jogadores permaneceram na equipe. O grande destaque tem sido o meia Didira. Reserva na campanha do título, ganhou espaço neste temporada e, além de ter sido o artilheiro da equipe no Campeonato Alagoano, também foi eleito o melhor jogador do torneio. Na Série B, ele já marcou cinco gols. 

"Graças a Deus vivo esse grande momento na minha carreira. É uma felicidade imensa conquistar meus objetivos individuais por esse grande clube. Mas o trabalho deve continuar, tem muita coisa pela frente e mais objetivos para conquistar principalmente na parte coletiva" comentou o jogador. 

Além da base mantida, o Azulão também correu atrás de reforços para a temporada. Nomes conhecidos do torcedor brasileiro, como o atacante Walter e o lateral Juan, chegaram a equipe para agregar experiência. ​Uma das consequências disso é que o time possui a segunda maior média de idade da Série B, sendo de 29,1 anos. Com passagens pela Seleção Brasileira e por outro clubes do Brasil, o lateral é um dos medalhões do elenco e busca passar tranquilidade para o restante da equipe. 

"Pode ajudar de várias maneiras, passando tranquilidade, passando confiança para os jogadores, um pouco da experiência que já vivi em outros clubes importantes. É isso, conversando e tentando dar exemplo dentro de campo eu posso passar um pouco do que vivi no futebol", falou Juan.

A boa campanha do CSA-AL também se mostra em números. O time alagoano marcou 26 gols (média de 1,36 por partida) e sofreu 17 no primeiro turno (média de 0,89 por partida). É o quinto melhor ataque da competição e a terceira melhor defesa. A equipe finaliza 12,8 vezes por jogo, em média. Por outro lado, não é um time que passa muito tempo com a bola nos pés. O Azulão fica apenas 47,9% do tempo com a posse. É a quinta menor marca da Série B. Além disso, também é responsável pela maior goleada da competição até o momento, quando venceu o Oeste-SP por 5 a 1, na terceira rodada.
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