São Vicente foi palco da primeira etapa do Circuito Futebol Social 2018

Evento reuniu mais de 100 jogadores, entre homens e mulheres, em São Vicente

O sonho de um dia representar o país no exterior, vestindo a camisa da seleção brasileira de futebol social, teve início neste final de semana (9 e 10) para 118 jovens, 64 homens e 54 mulheres, de entidades socais da Baixada Santista. No Parque Ambiental, em Sambaiatuba, na cidade de São Vicente, 14 equipes disputaram a primeira de cinco etapas da primeira fase seletiva para a Homeless World Cup, a Copa do Mundo de Futebol Social, em novembro, no México. 

Foram oito equipes masculinas e seis femininas em ação no torneio que marcou a abertura do Circuito Social Futebol 2018. Entre os homens, fizeram a final as entidades Baixada 013 e PSG Goiânia, com o placar final de 6x2 a favor do Baixada 013. Na decisão feminina, entre São Vicente x Parceiros da Bola, vitória do time que leva o nome da cidade-sede, por 8x3. As seletivas seguirão nos próximos dois meses, passando por Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Fortaleza, para que os escolhidos para a Etapa Nacional sejam definidos.

"Esta foi a primeira etapa na Baixada Santista na história do Circuito. Assim, apenas duas equipes sabiam como se joga o Futebol Social, porque já participaram da etapa paulistana em anos anteriores. Enquanto as outras, mesmo sabendo das regras, no início tiveram dificuldades. Mas foi só na primeira partida. Depois eles já pegaram o 'jeito' de jogar e fizeram ótimas partidas, de muita qualidade técnica", destacou Pupo Fernandes, treinador da seleção brasileira de futebol social. 

"Umas das coisas que me surpreendeu foi o número de jogadores que atuaram descalços nesta etapa de inauguração do Circuito Futebol Social 2018. Jogaram sem medo e dividiram bolas com os outros que estavam de chuteiras society. Ficamos felizes pela qualidade deles e saímos de São Vicente com a certeza de que vários jogadores estarão convocados para a próxima fase, na Etapa Nacional", completou Pupo.

Entidades inscritas na etapa inédita - Os times masculinos inscritos antes do torneio foram: PSG Goiânia/Luiza Macuco; Parceiros da Bola; Clube Baixada 013; Clube Numec; Clube Progresso; Cruz do Jóquei; Gaviões do 40; Canto do Rio; Sambaituba FC; Clube Só Quem É; e Bob Marley Futebol Clube. Já no feminino, confirmaram participação na seletiva: São Vicente Atlético Clube; PSG Goiânia/Luiza Macuco; Parceiros da Bola; Sambaiatuba FC; Clube Numec; Clube Progresso; Cruz do Jóquei; e Bob Marley Futebol Clube.

Equipes femininas também participaram

Formato de seleção dos atletas - Das cinco etapas regionais, marcadas para os meses de junho e julho, serão selecionados cerca de 50 jovens, entre meninos e meninas, para participarem da Etapa Nacional do Circuito Futebol Social, finalizando o processo de escolha até agosto. Diferentemente dos anos anteriores, não serão classificadas as equipes vencedoras para a etapa final, mas sim jovens individualmente selecionados. 

Assim, cada equipe de um projeto social poderá ter no máximo dois selecionados, que se enquadrem nos critérios definidos e eleitos após observação comportamental durante os jogos e análise social realizada pela equipe técnica, em parceria com os movimentos participantes. Entre a realização da etapa nacional e a ida ao mundial, serão realizadas atividades específicas com o grupo selecionado.

Seletivas com datas definidas - Quatro das cinco etapas das seletivas regionais já têm suas datas definidas. Após a abertura em São Vicente (SP), na Baixada Santista, será a vez do Rio de Janeiro, no próximo fim de semana, no dia 16, e Brasília logo na sequência, no dia 20. São Paulo (SP) tem sua data sugerida para dia 30 de junho e 1º de julho, em local a ser definido. A etapa do Ceará e a Nacional terão cidade e datas definidas posteriormente.

Ações extra-campo - A ação da ONG Futebol Social não se restringirá à definição dos jogadores que formarão as seleções brasileiras masculina e feminina para a Copa do Mundo. Em paralelo com as competições esportivas, organizadas em arenas próprias, com regras específicas, árbitros capacitados e a infraestrutura necessária, serão promovidas atividades como palestras, capacitações, além de ações culturais e de recreação.

Principais regras do futebol social - No futebol social, a quadra é reduzida, tem apenas 22 metros de comprimento e 16 de largura. O time vencedor ganha três pontos no campeonato, o perdedor, zero. Em caso de empate, disputa alternada de pênaltis, com dois pontos para o vencedor e um para o time que perder. São dois tempos de sete minutos, com intervalo de um minuto. Os goleiros não podem sair da área, marcar gols, ou fazer cera. Os jogadores de linha também não estão permitidos a invadir a área dos goleiros, sob a pena de um pênalti do time adversário. O Fair Play (jogo limpo) é incentivado nos torneios, e um troféu exclusivo é destinado ao time que demonstrar e jogar com o espírito genuíno do futebol.

Para os jogadores que não atuarem nesse espírito do Fair Play, penalidades: cartão azul (dois minutos) ou vermelho (expulsão do jogo) e, em último caso, exclusão do torneio. Pelo menos um jogador deve ficar no campo oposto, ou seja, três atacam e dois defendem. Uma falta será marcada contra o time que ficar totalmente em seu lado. Se um jogador recebe um cartão azul, enquanto o time estiver com jogador(es) a menos, esta regra não é válida. Da mesma maneira, esta regra não vale se um jogador recebe um cartão vermelho.

Os campeões do Circuito

Sobre a Ong Futebol Social - Com patrocínio da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e Penalty, o Futebol Social promove um movimento pioneiro que conecta jovens e comunidades carentes de todo o País, tendo como objetivo principal integrar, motivar e fortalecer seus participantes. Fazem parte da rede Futebol Social diversos projetos sociais e movimentos comunitários atuantes em periferias, favelas, comunidades ribeirinhas e quilombolas, entre outros grupos e regiões socialmente excluídos. 

Participam jovens de 16 a 21 anos, que vivem em situação precária de moradia (ou sem moradia), sob risco social e sem condições plenas de desenvolvimento. Desde 2004, o projeto já atendeu mais de 20 mil jovens, por meio da rede Futebol Social, que reúne anualmente entre 50 e 100 entidades de diversos estados e regiões do país. Já participou de mais de 20 eventos internacionais em cinco continentes do mundo.

Atividades, eventos e torneios locais são realizados em diversas cidades, em conjunto com outras ações comunitárias e de cidadania. Por meio de diversas ações, a Ong busca proporcionar experiências de vida únicas a jovens que têm no esporte a chance de conhecer outras realidades e viver momentos de lazer e entretenimento, acreditando serem poderosas ferramentas na luta contra a pobreza e a violência do dia a dia. “Futebol Social: ganhar é virar o jogo!” é o lema da Ong. Um dos resultados do projeto é a formação das seleções brasileiras masculina e feminina que jogam o Campeonato Mundial de Futebol Social (Homeless World Cup) e outros eventos internacionais.

Mais informações sobre o Futebol Social:

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