Os gols de Careca em Copas do Mundo

Careca anotou sete gols em Copas do Mundo, sendo cinco em 1986 e mais dois em 1990
(foto: Getty Images)

Careca foi um dos maiores centroavantes que o futebol brasileiro já produziu. Dono de um faro de gol diferenciado, o atacante foi ídolo de torcedores do São Paulo, do Guarani e do Napoli, onde junto com Don Diego Maradona formou o maior time da história dos Partenopei. Ele também foi destaque na Seleção Brasileira, onde disputou duas Copas do Mundo, em 1986 e 1990. Sua ausência em 1982 foi motivada por uma lesão. Quem sabe com ele a história seria diferente. 

Em 1986, o Brasil chegava a Copa com Telê Santana no comando e diversos remanescentes do encantador e maravilhoso time de 1982. Num grupo com Espanha, Irlanda do Norte e Argélia, o time fez grande campanha e passou em primeiro. Na estréia, em Guadalajara, no dia 1 de Junho daquele ano, Careca passou em branco e os brasileiros venceram a Fúria com gol de Sócrates. 

A história mudaria no jogo seguinte, cinco dias depois, também em Guadalajara, porém no Estádio Três de Março e não no Jalisco. Num jogo sofrido diante dos argelinos, onde os canarinhos meteram duas bolas na trave, a zaga do time africano não conseguiu afastar o cruzamento de Muller e Careca, como o centroavante que era, apareceu e tocou para o gol. Foi o primeiro gol dele em mundiais. 

Seu primeiro gol em Mundiais foi contra a Argélia

No dia 12 de Junho, há exatos 32 anos atrás, veio o primeiro show do Brasil naquela competição. O Jalisco assistiu o time de Telê Santana trucidar a Irlanda do Norte. O primeiro gol do jogo veio justamente de Careca, em belo chute de primeira, depois de jogada de troca de passes brasileira e cruzamento de Muller. O segundo gol brasileiro veio em um chute maravilhoso de Josimar que entrou no ângulo. O terceiro gol, outro de Carecone, foi espetacular, pois o camisa 9 brasileiro fez linda tabela com um certo Zico, que terminou em passe de calcanhar do Galinho de Quintino para bonita finalização para o gol do jogador são paulino à época. 

Nas oitavas, outra vez no Jalisco, aconteceu outro show da Seleção Canarinho. Os poloneses não foram páreo para o bom time brasileiro, que goleou por 4 a 0. O primeiro gol, em penal sofrido por Careca, veio com o Doutor Sócrates. Josimar fez o segundo fazendo fila na zaga polonesa, um golaço. O terceiro veio com Edinho. Careca fez o último da tarde, em pênalti onde a redonda ainda tocou caprichosamente na trave antes de ir as redes. 

Nas quartas, no jogo que marca até hoje (de maneira muito injusta, diga-se) negativamente a carreira de Zico na Seleção Brasileira, os canarinhos acabaram eliminados pela França nos pênaltis. Antes, durante o tempo normal, Careca marcou um belo gol, após tabela entre Júnior e Muller que terminou em passe deste último para finalização forte e alta do centro-avante brasileiro.

Contra a Suécia, em 1990, fez seus dois últimos gols em Copas

Quatro anos depois, na Itália, o Brasil já não era mais o time que encantava multidões. A equipe de Lazaroni chegava ao mundial ao mesmo tempo gabaritada pelo título da Copa América e questionada pelo fraco desempenho apresentado. Num grupo com Escócia, Suécia e Costa Rica, os Canarinhos estiveram longe de grande desempenho, apesar da primeira colocação com três vitórias.

Na estreia, no dia 10 de Junho, no Delle Alpi, em Turim, veio a Suécia foi a primeira adversária brasileira. Careca foi protagonista total da noite na casa bianconera e rossa. Primeiro, marcou um belo gol driblando o goleiro sueco, após belíssimo lançamento de Branco. O segundo veio após Muller receber bom passe e encontrar o camisa 9 sozinho na área, contando mais uma assistência dele para o ídolo do Napoli na época. 

Aquele foram os dois últimos gols de Careca em Copas, fazendo com que ele terminasse com a marca de sete tentos na maior competição de futebol de todas. Em 1986, havia ficado atrás apenas de Lineker na briga pela Artilharia, em 1990, acabou impedido de avanços maiores pela péssima campanha brasileira, que curiosamente acabou no melhor jogo daquele time na Copa, diante da Argentina de Maradona. O atacante deixou de atuar pela seleção em 1993, quando sentiu que não tinha mais condições físicas de vestir a amarelinha, depois de fazer jogos das Eliminatórias para a Copa de 1994.
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