Mais viva que nunca, a Alemanha renasce na felicidade do gol de Tony Kroos

Por Lucas Paes
Fotos: FIFA.com

Tony Kroos deixa a Alemanha vivíssima na Rússia

O mundo do futebol está em estado de catarse. O que se viu no Estádio Olímpico de Socchi, na noite russa que é tarde brasileira deste sábado foi uma das maiores viradas da história da Copa do Mundo. A Alemanha, gigante como é, mantem a chama acesa e as esperanças mais vivas que nunca. Mesmo ainda não apresentando tudo o que poderia, o time alemão foi salvo pelo protagonismo de um craque chamado Tony Kroos, que se redimiu de maneira brilhante do erro cometido no gol sueco.

Pois a situação até ali era dramática. O Mannschaft partiu para cima desde o começo, desde o primeiro toque na bola, o exército branco ocupou o campo de ataque sueco e deixou disponível para os Blagult apenas o contra ataque. Num destes, após um erro do craque Tony Kroos, nessas pancadas que a vida parece dar, Toivonen abriu o placar e transformou a situação alemã num verdadeiro drama digno das tragédias greco-romanas. Só a virada interessaria, pois mesmo o empate deixaria o Nationalelf numa situação complicadíssima e dificílima.

Expulsão de Boateng quase complica as coisas... 

O ataque contra defesa gerou chances para a Alemanha, que parecia não ter a sorte ao seu lado. Na primeira etapa, nos poucos lances em que atacou, a Suécia ofereceu muito perigo a Neuer, obrigando o goleiraço alemão a fazer, inclusive, uma defesa colossal no finalzinho da etapa inicial evitando o segundo gol sueco. Ao fim da primeira etapa do jogo, a Alemanha estava, de maneira histórica, eliminada da Copa do Mundo de 2018, caindo pela primeira vez na primeira fase.

Porém tal fato não durou nem cinco minutos do segundo tempo, já que na insistência, quando não ia na técnica, foi na sorte e na raça. Reus completou uma bola cruzada a meia altura com o joelho, mandando a redonda para as redes e empatando o jogo. A partir daí foi um verdadeiro ataque contra defesa, e o time alemão empilhou chances. Olsen fez defesas enormes, monumentais, históricas, para evitar o segundo gol alemão. 

...mas elas voltam a ficar boas quando se tem Tony Kroos

Já no finalzinho, porém, Boateng, que já tinha amarelo, acabou cometendo falta e sendo expulso. Nessas horas, se diferencia um time grande de um time pequeno. Pois ainda que tenha uma história relativamente grande no futebol, a Suécia não se compara ao tamanho do titã germânico. Ao invés de partir para cima, os escandinavos se trancaram na defesa e esperaram o empate, que era ótimo para a Suécia, porém, as divindades sagradas do ludopédio se irritaram e castigaram o esquadrão azul e amarelo, redimindo por sua vez um craque.

O relógio marcava quase 50 minutos. A esta altura do jogo, qualquer time faria com que uma bola na lateral da área se tornasse um cruzamento, uma falta então nem se fala. Mas a Alemanha, que antes foi marcada por jogar "algo parecido com o futebol e que dá certo" é hoje uma formadora de gênios, de pensadores diferenciados com a bola no pé, a redonda veio rolada para Kroos que acertou um verdadeiro torpedo nas redes, virando o jogo e mandando o recado para toda a Copa do Mundo: a Alemanha, renasce e mais uma vez, está florescendo, no brilho da felicidade proporcionada pelo gol de Kroos. O Nationalelf está vivo.
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