O gol antológico de Nelinho na Copa de 1978

Por Lucas Paes 

Zoff se estica todo mas não alcança do chute venenoso de Nelinho: golaço do lateral da Seleção

Em 2018 completam-se 40 anos de um dos mais bonitos gols do Brasil em Copas do Mundo. No dia 24 de Junho daquele ano, Brasil e Itália faziam a decisão do terceiro lugar quando Nelinho fez a obra prima. Além de tudo, o jogo marcava a despedida de Rivelino da Seleção Brasileira.

Até então, o Monumental de Nuñez testemunhava um jogo melhor para os italianos. Na primeira etapa a Azzurra chegou mais e Leão fez boas defesas antes de Paolo Rossi cruzar para Causio abrir o placar aos 38 minutos do primeiro tempo. Rossi ainda acertaria uma bola na trave antes do fim da etapa inicial. 

No segundo tempo, a entrada de Reinaldo fez o Brasil melhorar. Foi aí então que veio o gol histórico: Já aos 19', Roberto Dinamite recebeu livre no meio girou e lançou Nelinho, que deu uma adiantada na bola e da lateral da área mandou um chutaço, com um efeito absurdo, para fuzilar o experiente e ídolo goleiro italiano Dino Zoff.

Nelinho em outra jogada contra a Itália

O gol de Nelinho, que não foi titular em toda a Copa, mas saiu entre os 11 iniciais naquele jogo, é até hoje um dos chutes de efeito mais absurdos já vistos na história do esporte bretão. A curva é comparável com feitos como o gol espetacular de falta de Roberto Carlos diante da França, em 1997. Nelinho era especialista em cobranças deste tipo, quase um antecessor do místico lateral esquerdo brasileiro. Provavelmente uma influência. Vale lembrar que o tento de Nelinho é, até hoje, considerado um dos mais bonitos feitos em Copas do Mundo.

O ídolo cruzeirense, que também teve ótima passagem pelo Atlético Mineiro, já nos anos 80, por sinal foi um dos maiores laterais de sua época. Apenas mais um dos exemplos de diversos alas lendários que saíram das terras tupiniquins. Nomes que vão desde Carlos Alberto Torres, o capitã do passado, passam por Cafu, capitão do Penta e chegam em Marcelo e Daniel Alves, lendas do presente que já começam a abrir espaço para nomes como Guilherme Arana.

Em um país com tanta proficiência na produção de laterais, sobretudo em aspectos ofensivos, nada mais justo que um dos gols mais bonitos da Seleção na história das Copas seja de alguém da posição. Mesmo sem a taça, Nelinho deixou seu nome na história da Amarelinha, por um gol que jamais será esquecido.

O belíssimo gol de Nelinho

O segundo gol brasileiro também foi bonito. Oito minutos depois, Rivelino deu passe para Jorge Mendonça que tentou dominar com o peito, a tentativa virou assistência para Dirceu, que acertou outro torpedo nas redes italianas: 2 a 1 Brasil.

O Brasil terminou a Copa de 1978 na terceira posição de forma invicta. Até hoje a torcida brasileira não aceita a goleada Argentina sobre o Peru que tirou os Canarinhos da decisão. O time deste ano ganhou o apelido de "Campeão Moral".
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