Dida no Vitória

Por Lucas Paes

O Vitória foi a primeira equipe em que Dida jogou profissionalmente

Neste 7 de Outubro, faz aniversário um dos mais brilhantes goleiros que o Brasil já produziu. Nelson de Jesus Silva, mais conhecido como Dida, completa hoje 44 anos. Ídolo das torcidas de Cruzeiro, Corinthians e principalmente Milan, ele tem idolatria em outro rubro-negro, o Vitória, da Bahia.

Pelo Leão, onde chegou após passar pela base do Cruzeiro, de Alagoas, apesar de fazer parte do elenco campeão baiano em 1992, foi em 1993 que ele tomou a vaga de titular do time. Antes de se tornar o camisa um rubro-negro, foi a Austrália, onde disputaria a Copa do Mundo Sub-20 com a Seleção Brasileira.

No Mundial daquela categoria, o Brasil sairia campeão com Dida sendo um dos destaques, tendo ótimas atuações e ajudando a conquistar o título sofrendo apenas dois gols na campanha. Após aquela conquista, passou a ser o goleiro titular do Vitória, jogando a final do estadual, contra o Bahia, que sairia campeão.

Foi um dos destaques do time de 1993 (Foto: Arquivo Gazetapress)

Aquela final teve um confronto curioso e que deve, de certa forma, ter marcado o na época jovem goleiro. Se de um lado um jovem de 19 anos era o titular, no Tricolor de Aço o arqueiro dono da camisa um era ninguem menos que Rodolfo Rodriguez, experiente uruguaio dono de uma idolatria impar de torcidas como as de Santos e Nacional, além é claro da do próprio “Bahêa.” Foi um confronto de gerações diferentes.

No Campeonato Brasiileiro, surpreendeu a boa campanha do Vitória, que jogando no grupo que incluia os “times pequenos” fez uma bela campanha e chegou a fase decisiva. Na parte final do campeonato, além de garantir a liderança de forma invicta num grupo que tinha Corinthians, Santos e Flamengo, foi a equipe responsável pela única derrota do Timão na competição, quando o alvinegro de Parque São Jorge foi derrotado na Fonte Nova por 2 a 1. Tal resultado foi o responsável por classificar o Vitória para a final.

Na decisão, contra o Palmeiras, mesmo a surpreendente sensação do campeonato não foi páreo para um dos times mais fortes da história do futebol brasileiro. Com Zinho, Edmundo e Evair jogando o fino da bola, o Verdão venceu os dois jogos da final, por 1 a 0 em Salvador e por 2 a 0 no Morumbi, garantindo a conquista do oitavo título nacional de sua história.

Partida entre Vitória e Corinthians, em 1993

Naquele ano, o rubro-negro baiano contava com nomes como o de Paulo Isidoro, Claudinho e Roberto Cavalo. No gol, Dida fez um ótimo trabalho e começou a chamar a atenção de outros clubes do Brasil. Além disso, foi o mais novo goleiro a ganhar a Bola de Prata, da revista Placar, quando recebeu o prêmio de melhor arqueiro do campeonato. Chamou a atenção do Cruzeiro, que o adquiriu ao final do ano de 1993. 

Fechou sua passagem pelo Vitória com apenas 24 partidas jogadas pelo clube, mas com uma imensa gratidão da torcida e a eterna lembrança de ter feito parte do time mais marcante (e talvez o melhor) da história rubro-negra. Dida iniciou uma sequência de bons goleiros no clube. Alguns anos depois de sua passagem surgiu Fábio Costa e alguns anos depois dele surgiu Felipe, ambos com algum sucesso em times grandes brasileiros.
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