Corinthians - 40 anos do Paulistão de 1977

Com informações do site oficial do Corinthians
Fotos: José Pinto/Revista Placar

Basílio sai para comemorar o gol que tirou o Corinthians da fila de 23 anos sem títulos

Era uma noite de quinta-feira, dia 13 de outubro de 1977, estádio Cícero Pompeu de Toledo, popularmente conhecido como Morumbi. Mais de 86 mil torcedores não deixavam mais espaços nas arquibancadas. O terceiro e último jogo da decisão do Campeonato Paulista daquele ano, entre Corinthians e Ponte Preta, significava mais do que uma final para os alvinegros do Parque São Jorge. Momento de exorcizar todos os fantasmas que assombravam o Timão desde 1954.

Eram quase 23 anos sem conquistar títulos. Mesmo assim, a torcida corinthiana não parava de crescer. Por isso ela é a Fiel. A última conquista havia sido o Campeonato Paulista de 1954, o famoso IV Centenário.

Depois de ganhar a primeira partida por 1 a 0 com gol de Palhinha, o Corinthians havia perdido o segundo jogo por 2 a 1 em um Morumbi lotado, com 146 mil torcedores, recorde de público do estádio até hoje. Para a terceira partida, o Timão não contava com o atacante que marcou o gol da vitória no primeiro jogo. A equipe titular do clube do Parque São Jorge entrou em campo com Tobias; Zé Maria, Moisés, Ademir e Wladimir; Ruço, Basílio e Luciano; Vaguinho, Geraldão e Romeu, todos comandados pelo técnico Oswaldo Brandão.

O time campeão antes da partida

Logo no início da partida, Rui Rei, craque da Ponte Preta, discutiu com o árbitro Dulcídio Wanderley Boschila e foi expulso. Contudo, a partida continuou tensa com muitas chances de gols para ambas as equipes. Só aos 36 minutos do segundo tempo saiu o gol mais esperado da história do Sport Club Corinthians Paulista. Em um enredo típico de roteiro de Hollywood. 

Em uma falta na ponta direita, Zé Maria cobrou na área, Basílio desviou de cabeça, e a bola sobrou para Vaguinho, que chutou no travessão. No rebote, Wladimir subiu mais alto do que a zaga, testou com força e consciência, mas Oscar, zagueiro da Ponte Preta, tirou em cima da linha. A redonda sobrou para Basílio, que mandou uma bomba de primeira, fez a Fiel explodir e, posteriormente, soltar o grito entalado de ‘É campeão!’.

Depois de 22 anos, oito meses e sete dias, o jejum foi, enfim, quebrado naquela noite. Graças ao gol do 16º título estadual do Timão, Basílio se tornou um ídolo eterno e ganhou o apelido pelo qual é conhecido por onde passa: Pé-de-Anjo.

Gol com narração de Osmar Santos

Inclusive, era algo que parecia marcado nas estrelas. O eterno camisa 8 conta que, na manhã do jogo decisivo, o técnico Oswaldo Brandão entrou no quarto e disse “Basílio, eu vi! Você vai fazer o gol do título!”. O treinador havia conquistado o último título do Coringão, em 1954, e voltou para o comando do Alvinegro para acabar com o tabu.

Nesta sexta-feira, dia 13, a conquista completa exatos 40 anos. Um aniversário marcante. Desde então, foram muitos canecos conquistados. Seis títulos do Campeonato Brasileiro, três títulos da Copa do Brasil, uma Libertadores e dois Mundiais. Isso para mencionar apenas dos mais importantes. Mas mesmo com todas essas conquistas, o Paulista de 1977 terá para sempre um lugar cativo na galeria das maiores conquistas do Sport Club Corinthians Paulista. E todos os heróis daquela noite se tornaram ídolos eternos da Fiel.
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