Copa Roca – Um balanço da competição

Por Lucas Paes



Há 103 anos atrás, no dia 27 de setembro, o Brasil conquistou o primeiro titulo da Copa Roca, competição disputada entre as seleções brasileira e argentina. Tal feito já foi tema de matéria no site. Hoje, aqui, faremos um balanço das edições da copa. A Argentina é a atual campeã.

Nunca houve uma grande regularidade nas edições, com elas acontecendo em períodos variados. Basicamente, a disputa acontecia quando havia interesse da AFA ou da CBF. Recentemente, porém, o confronto passou a ocorrer em uma periodicidade mais constante, apesar de não haver um padrão estabelecido ainda entre as confederações dos dois países. 

Ocorreram 16 edições no total, com 11 títulos brasileiros e 5 argentinos. O Brasil saiu com a taça em 1914, 1922, 1945, 1957, 1960, 1963, 1971, 1976, 2011, 2012 e 2014. Os Albicelestes levaram a taça em 1923, 1939, 1940, 1971 e 2017. Entre 1976 e 2011 a disputa não aconteceu.

Copa Roca de 1939

Entre copas que tiveram um ou mais jogos, ocorreram 27 partidas entre brasileiros e argentinos na Copa Roca, com 14 vitórias canarinhas, 10 vitórias albicelestes e 3 empates. Com mais vitórias, os brasucas marcaram 56 gols, enquanto os hermanos fizeram dois a menos, com 54.

Com 4 gols marcados, Leônidas divide a artilharia histórica da disputa com os argentinos Peucelle, Masantonio e Baldonedo. Por falar em artilharia, o Brasil teve o maior goleador da Copa Roca por 13 vezes, enquanto a Argentina sete. Obviamente, houveram divisões de artilharia, principalmente em edições com mais de um jogo ou nas vezes em que houve empate. Em 1940, foram três artilheiros argentinos dividindo a liderança.

Por sinal, aquele ano foi quando ocorreu a maior goleada argentina na história da Copa Roca, quando esta aplicou sonoros 6 a 1. Os brasileiros, por sua vez, construíram seu recorde cinco anos depois, com uma vitória por 6 a 2. 

Edição de 1963

A maior curiosidade da história do Superclássico das Américas e uma da mais interessantes da rivalidade entre brasileiros e argentinos é que a estreia de um tal de Pelé com a amarelinha ocorreu na Copa Roca, no longíquo ano de 1957. O Rei do Futebol marcou dois gols naquele ano, terminando com a artilharia. Foi a unica participação do Atleta do Século no Superclássico das Américas.

Recentemente, a despeito de uma história de jogos em solos dos dois países, CBF e AFA decidiram por estender as fronteiras. Quando a Copa Roca voltou a acontecer, com o atual nome de Superclássico das Américas, em 2011, eram dois jogos, sendo que só jogavam jogadores que jogassem em solo argentino e brasileiro. O Brasil tinha uma clara vantagem, já que Neymar jogava no Santos no período. Sem surpresas, os brasileiros venceram todas as edições depois da volta, até a fatídica edição desse ano.

O fim do “jejum” argentino veio na segunda disputa da história da Copa Roca ocorrida fora de solo sul-americano. Na primeira, em 2014, na China, uma partida iluminada de Diego Tardelli ajudou o Brasil a levar a taça. Esse ano, a Argentina impôs a primeira derrota da era Tite, ao vencer o Brasil por 1 a 0, com gol de Mercado e levou o título. Apesar do placar, os brasileiros criaram um número absurdo de chances, tendo certo domínio no jogo.

Superclássico das Américas de 2014, a nova versão da Copa Roca

Não há ainda uma definição de quando teremos o próximo Superclássico das Américas, se este será em algum dos dois países ou em algum outro canto do mundo, etc. Na verdade não há sequer a certeza que ele voltará a ocorrer. Ficamos então com a história, até que CBF e AFA decidam repetir a disputa.
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